Mercado Físico da Vaca – 13/04/10
13 de abril de 2010
Mercados Futuros – 14/04/10
15 de abril de 2010

Até onde vão os preços da reposição?

O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 701,49/cabeça acumulando alta de 15,85% no ano. Este valor está bem acima da média de 2009 que foi de R$ 623,29/cabeça. Esta alta se tornará uma tendência em 2010 e os preços continuarão altos, ou você acredita que nos próximos meses a situação deve mudar?

Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista

O indicador Esalq/BM&FBovespa bezerro MS à vista foi cotado a R$ 701,49/cabeça acumulando alta de 15,85% no ano. Este valor está bem acima da média de 2009 que foi de R$ 623,29/cabeça e em todo o país pecuaristas comentam, em tom pouco satisfeito, que a reposição está cada vez mais difícil e cara.

Esta alta se tornará uma tendência em 2010 e os preços continuarão altos, ou você acredita que nos próximos meses a situação deve mudar?

Dê sua opinião enviando um curto e rápido comentário através do box de cartas do leitor, abaixo.

0 Comments

  1. José Manuel de Mesquita disse:

    Pois é… o futuro da atividade Recria/Engorda, está condicionada a encontrar animais jovens para aquisição… O grande nó é que não existem mais criadores dispostos a trabalhar para somente sobreviver… como sempre tem sido.

    É mais rentável, vender uma fêmea adulta e gorda para abate, do que ficar com ela na propriedade por mais 16 a 18 meses para no fim vender o bezerro ou bezerra, por um valor que na média mal paga a mantença da mãe, pelo tempo necessário para disponibilizar o animal jovem para o mercado.

    Criadores… cada vez mais existem menos deles… os que teimam em existir estão descobrindo que: o maior ganho está na ponta que negocia com o frigorífico…

    O eterno exemplo que a natureza nos dá: predadores e presas, buscando o ganho máximo, sem se importar com a sobrevivência de quem suporta sua atividade, e no limite, é a razão de sua existência…

    Ou ganhamos todos, ou desapareceremos, uns culpando os outros…

    Boa sorte para todos (os que vendem e os que compram)…

    JMM

  2. Renan Aires de Alencar disse:

    O pecuarista hoje faz conta, coisa que não fazia no passado, é normal que o mercado se ajuste a partir deste conceito, seja por abates de matrizes, seja por falta de competitividade do setor ou qualquer outro fator econômico, acredito que essa alta no preço do bezerro se torne uma tendência, seu pico será dado em grande parte por ajuste de rentabilidade entre as fases do ciclo pécuario, está na hora do bolo ser repartido por igual, é muito caro produzir um bezerro e demanda muita eficiência e tecnificação para ser competitivo, aquele que não enxerga isso tende a desaparecer da atividade.

  3. Jose Carlos Sanches disse:

    Enquanto continuarem abatendo femeas a situação não mudará, sempre o pecuarista paga o pato, agora chegou a hora dos frigoríficos repartir a fatia do bolo.
    Hoje 50 alqueires arrendado para cana da uma receita líquida superior do que 170 alqueires de pasto com 300 vacas de cria Nelore dava bruta no ano.

  4. AMAURI ANTONIO DE MENDONÇA disse:

    Estamos na contra mão da atividade, sempre foi o boi gordo ( preço da arroba) a ditar os preços do garrote e do bezerro e o valor da arroba da novilha para dar parametro ao preço da bezerra.
    hoje isto se inverteu, o bezerro e a bezerra estão determinado os preços das demais recrias, tornando-se inviável frente ao valor do preço da arroba na comercialização final.
    este cenário tem necessidade urgente de mudanças, pois não se enquadra na realidade de comercialização final no frigorifico.

  5. Marcos Francisco Peres disse:

    Ha 2 anos o valor do bezerro chegou a R$ 800,00 ou mais, pois alguns esperavam que o boi iria a R$ 100,00 por arroba. Nesse momento que o mercado futuro deu uma altinha já ficam com essa falsa esperança denovo. O fato é que o boi não foi e não vai a R$ 100,00. Nossa arroba já é a mais cara do mundo em dolar, inviabilizando altas para a exportação e no mercado interno se a carne bovina subir o consumidor tende a buscar alternativas mais baratas.
    Portanto, há 2 anos quem pagou o bezerro caro ficou com o mico nas mãos. Agora acontecerá novamente.

  6. Jorbas Sampaio de Melo disse:

    Acontece que muitos criadores acordaram e estão criando, recriando e engordando, mesmo que seja com muita dificuldade e adaptação de sua propriedade. Antes ele vendia seu caro bezerro muito barato, que mal dava para pagar o pasto da vaca que o gerou. Neste percurso alguém ou muitos ganhavam, menos o criador. Creio que daquí por diante ocorrerá um equilíbrio no mercado cria/recria/engorda/abate, onde todos possam ter um ganho justo.

  7. Edival Costa Oliveira disse:

    bezerro caro e sinal de prejuizo para quem cria recria bois, pois o mercado não absorve uma carne cara pois competi com o frango o suino e o pescado.

  8. José Ricardo Skowronek Rezende disse:

    Uma coisa que aprendi é que o preço da reposição tem muito mais a ver com as expectativas futuras dos agentes econômicos que com o custo de produção presente dos criadores ou invernistas.

    Infelizmente não tenho acesso a dados suficientes para prever o futuro de curto prazo dos preços de animais de reposição, mas constato que os ajustes de preços dentro da cadeia pecuária tem sido muito bruscos, denotando falta de informação e integração dos agentes.

    E sem informação e acordos comerciais sólidos com clientes e fornecedores esta cada vez mais dificil planejar num horizonte compatível com o clico de produção e acabamos gerando ineficiencias / riscos desnecessários na operaçao consolidada (cria, recria, engorda, abate, distribuição).

    Att,

  9. Luiz Antônio Carvalho Luciano disse:

    O que eu acredito é que houve um aumento na demanda por bois motivado pela implantação dos grandes confinamentos que além de aumentar o número de abates por ano também antecipou a idade de abate.

    Também a implantação dos pequenos confinamentos nas próprias fazendas trouxeram uma melhora na taxa de desfrute.

    Todo esse aumento expressivo pela demanda do insumo básico, o bezerro ou o garrote, não está sendo suportado pelas máquinas, as vacas.

    Assim, eu acredito que enquanto a oferta e a demanda pelo insumo do invernista não forem equalizadas ele vai continuar subindo. Se nós temos mesmo um teto que vai limitar o aumento da arroba, então o invernista vai passar por um momento dificil e o criador vai melhorar seus pífios ganhos.

    Esse é o mundo regido pelo que existe de mais soberano, o Mercado. Nós pecuaristas temos que entendê-lo e adequar a ele, e atenção, ele vai mudar muito e cada vez mais rápido.

    Boa sorte a todos!

  10. Emerson Figueira disse:

    É a lei da oferta e procura. Quando sobrava bezerros ninguem teve dó do criador que precisou vender as matrizes para sobreviver. Agora a coisa virou. Só vamos ter estabilidade quando a cadeia toda pensar em garantir a rentabilidade de cada elo.

  11. marcelo moura disse:

    Afinal todos tem razão, mas nenhum tem a certeza absoluta. Pois, o futuro é incerto quando se pergunta: por quanto durará esta especulação? Qual o teto que pode se chegar? como está a oferta de proteina animal mundo afora? Com esses desastres ambientais mundo afora, estes paíse demandaram mais comida mas será que sobrará dinheiro para pagar mais caro?

  12. elder antonio neiva gonçalves disse:

    a demanda interna esta aquecida, os mercados externos em expectativa de abertuars multiplas, a tenddencia e de alta, porque ha demanda e não ha oferta. tambem ha um kiking over, pelo mercado de papeis, portanto esta em alt mas ha nuances de risco ou seja não e firme, cautela , extratificação nas vendas cuidado com as aves de rapina e fica a certeza quem faz oc cilo completo no inimo tem treis opçoes a mais que só a cria.

  13. renata correa santana disse:

    alcançamos uma estabilidade economica, mas na nossa atividade nao, ficamos nesta eterna oscilaçao de preços, quando os invernistas estão na ponta dos que mais lucram, ninguem fala nada, todos acham ótimo, mas quando o bezerro(a), recupera um pouco, fica essa chiadeira toda; todos os elos da cadeia tem que ter lucro, se nao for implantada um relação ganha ganha, todos saem perdendo em épocas diferentes, mas o prejuízo fica com todos; pois sem a estabilidade nao tem como planejar, se nao ha planejamento sempre vai sobrar bezerros, abater matrizes, faltar produto e assim por diante.

  14. GERMANO ROMAO BORGES DE QUEIROZ disse:

    Nos leiloes desta semana na região de Patos de Minas os preços já começaram a se ajustar. A oferta aumentou muito. Leiloes que antes giravam com cerca de 1000 cabeças, já giram com mais de 1.500. O clima mais frio também tem forçado os criadores a retirarem o gado do pasto e ofertá-los antes de começarem a emagrecer.

  15. Sandro Bortoloto disse:

    Concordo, com a colocação da Renata Correa Santana, tem que se estabelecer uma relação ganha ganha entre todas as etapas da cadeia da carne.

  16. ELIEZER NISHIKAWA ALMEIDA disse:

    Não concordo com os comentários de alguns produtores, como o Prof. Jarbas de Juazeiro-BA.O terminador dessa cadeia há anos não vem sendo remunerado adequadamente e em alguns momentos desse período houve para os mesmos até prejuízo, visto a defazagem entre o preço do bezerro que estava alto e o preço no frigorífico, muito baixo. É claro que o vilão não é o produtor de bezerros. Existe uma série de fatores a influenciar tanto o preço do bezerro como também o preço do boi no frigorífico. O que tenho observado é que a área governamental tem feito muito pouco para incrementar nossas exportações, principalmente agora, ano de eleições. Na contra-mão de tudo isso, nos consola a demanda interna estar em crescimento, justamente porque a melhor opção para o consumidor é a carne bovina, principalmente pela preferência de sabor e qualidade em relação às suas concorrentes.

  17. Alessandro Martins disse:

    As cartas estão com os pecuaristas, são eles que devem se unirem e ditar o mercado, eles devem procurar se unir e fortalecer a classe, apesar do preço de reposição estar muita além comparado com o ano passado, eles tem que fazer o dever de casa, saber na ponta do lápis seu custo de produção e ter sempre uma uma atenção indispemsável na sazonalidade, preço de mercado, cotação, demanda nas escalas dos frigórificos.

  18. Orcino Gonçalves da Silva Júnior disse:

    Acredito que a tendência do preço do bezerro, será sempre de alta, a médio e longo prazo, com pequenas flutuações, em pequenos intervalos do período!
    Considero aqui,3 anos, como longo prazo!
    O fato é que desde 2003, a pecuária vêm sendo castigada, resultando em enormes prejuízos , da porteira para dentro.Quer dizer, que o ciclo de baixa, foi prolongado artificialmente, por no mínimo 3 anos, pela ação do mercado e dos problemas sanitários.
    Começou a reagir em 2007, e o ciclo de alta foi novamente abortado pela crise mundial,em 2008 e 2009.
    Isso resultou, um ciclo vicioso para baixo,com elevado abate de fêmeas, e diminuição do rebanho!
    Soma-se a isso, o crescente aumento das exportações, e da capacidade de consumo interno, com aumento real de renda da população e ainda,as boas perspectivas futuras para a economia.
    Logo devemos ter um mercado demandado interna e externamente, sem outras fontes de abastecimento,pois todos os países produtores, registram a queda no rebanho! Conclui-se que, deve haver um aumento de desfrute pelo uso da tecnologia de reprodução e nutrição, bem como a reposição natural do rebanho!
    Até que se estabilize, este crescimento, o bezerro deve subir e empurrar também o preço do boi, que terá de ser repassado , até o seu limite, para o consumidor!
    Por tanto, creio que o bezerro e também o boi, devem recuperar as margens perdidas, nos últimos 7 anos, e ter ainda, um pequeno ganho real comparando-se com a inflação . Lembrem-se , que no período, pré crise, o boi encostou nos U$ 60,00.

  19. Renan Aires de Alencar disse:

    O fato é de que, a recria sempre teve melhor rentabilidade, seguido pelo engorda e cria, agora vejo produtores que não fazem parte da fase de produção de bezerros reclamando dos preços e até chamando de especulação.
    Quem reclama dos preços de reposição é porque nunca fez a conta de quanto custa criar um bezerro.
    Ao invés de reclamar dos preços de reposição deveriam estar felizes, pois com a atividade da cria remunerando toda a cadeia tende a ganhar, com incremento em qualidade dos animais.

  20. laerçio dalevedo disse:

    esta alta das reposiçaos e tambem por grande numeros de matrizes que foram abatidas a anos atras acho eu que continuara em alta ate comessar as recrias novamente

  21. Cleziomar A. V. Egidio disse:

    O grande problema está no ganho de quem pouco participa da cadêia produtiva da carne. Alguns acrescentam pouco e ganham muito como exemplo as grandes redes de vendas no varejo seguidas pelos recriadores especuladores que acrescentam pouco valor agregado ao produto (bezzerro-garrote) e exigem e estipulam seus preços no garrote a fim de ter uma margem de lucro como a 10, 15 anos atrás. Os tempos mudaram, como bem colocado as lúcidas palavras de alguns aí acima o lucro deve ser repartido compartilhado.

    Ainda vislumbro e espero uma época de que o produtor criador, cansado de levar no lombo, irá vender o bezerro direto ao frigorífico. Inclusive gostaria de verificar a opinão de vocês referente a este tipo de negociação.

    Olhemos um cenário: o sonho de consumo de quem come carne, carne de novilho com cobertura de gordura. Bem tratado na desmama o bezerro chega com peso de cerca de 7@ com um manejo mais adequado e industrial não conseguiria adiquirir mais 3@ podendo chegar próximo a 10@ com um espaço de tempo muito mais curto em relação a um boi de 3 a 4 anos? Desta forma concordo que perderia em quantidade de carne produzida por cabeça porém por outro lado ganharia em quantidade e em tempo uma vez que o ciclo diminuiria em cerca de 1,5 a 2 anos.

    Pensem nisto.