Ativistas bloqueiam depósitos do McDonald’s no Reino Unido contra destruição da Amazônia

Ativistas ambientais e da defesa dos animais bloquearam neste sábado vários centros de distribuição no Reino Unido da rede de fast-food americana McDonald’s, o que pode afetar 1.300 restaurantes.

“Fizemos isso para acabar com a miséria do fast-food, que causa obesidade, destrói a Amazônia e aquece o planeta”, explicou no Twitter a ONG Animal Rebellion. 

O grupo está por trás da ação, que tem como alvo quatro centros de distribuição na Inglaterra, em Coventry (centro), Manchester (norte), Basingstoke (sul) e Hemel Hampstead, perto de Londres. 

A Animal Rebellion disse que vai permanecer nesses estabelecimentos durante ao menos 24 horas e pretende causar “perturbações significativas” ao McDonald’s, à medida que os restaurantes são reabastecidos no fim de semana.

Um porta-voz do McDonald’s disse que os centros de distribuição da rede estão “vivenciando atualmente uma interrupção” e que está avaliando o “impacto nas entregas” aos restaurantes. “Pedimos desculpas aos nossos clientes por qualquer decepção que possa acontecer”, acrescentou. 

A Animal Rebellion publicou imagens nas quais se vê os ativistas bloqueando a entrada de um centro de distribuição em Coventry com estruturas de bambu e uma van, a fim de impedir que os caminhões saíssem dos depósitos. 

À BBC, o porta-voz da Animal Rebellion, James Ozden, disse que a indústria de carnes e laticínios está “causando enormes quantidades de desmatamento na floresta tropical, emitindo grandes quantidades de gases do efeito estufa e matando bilhões de animais a cada ano”. 

“A única maneira sustentável e realista de alimentar 10 bilhões de pessoas é com um sistema alimentar vegetariano. Opções orgânicas, criadas ao ar livre e ‘sustentáveis’ baseadas em animais simplesmente não são boas o suficiente”, disse ele. A ONG quer que o McDonald’s se comprometa a se tornar totalmente vegetariano até 2025.

A polícia de Coventry explicou no Twitter que está dialogando com os ativistas para “minimizar os transtornos”. 

Fonte: Valor Econômico.

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