A intervenção da Justiça e do Ministério Público na massa falida da Cooperativa Rural Alegretense, mantenedora do Frigorífico Alegretense, a destituição da Comissão Liquidante da Cooperativa e o afastamento da Cooperativa dos Trabalhadores (Cootal), que detém o controle operacional do frigorífico são reivindicações do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação, dos 21 vereadores e das lideranças comunitárias de Alegrete, que promoveram ontem uma manifestação em favor da reabertura da indústria gaúcha.
Os manifestantes, que saíram em passeata pelo município, promoveram, em frente ao Fórum Municipal, a leitura de um documento denominado “Carta de Alegrete”. Nele, os signatários pedem, além das intervenções, um levantamento de todos os bens do frigorífico e a formação de uma comissão comunitária para discutir a constituição de uma sociedade anônima na indústria. O presidente do sindicato da alimentação, Luiz Araújo, disse que a intervenção judicial “é necessária diante do sucateamento da planta industrial e do calote que experiências anteriores aplicaram nos trabalhadores, pois mais de 230 operários ainda não receberam suas verbas rescisórias”.
A indústria paralisou as atividades em 1995. Em 97 foi arrendada pelo Grupo Cervieri, que se retirou após seis meses, mesmo período que, em 2000, ficou sob controle do Grupo Bordon, que a repassou à Cootal. A dívida chega hoje a R$ 20 milhões, sendo o Banco do Brasil (BB) o principal credor. Na próxima semana, uma reunião no BB pode encaminhar uma solução.
Fonte: Correio do Povo/RS, adaptado por Equipe BeefPoint