Audiência pública debate durante a Feicorte a ação do Ministério Público do Pará

Na última sexta-feira (19), integrantes da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural de Brasília se reuniram durante a Feira Internacional da Cadeia Produtiva da Carne – Feicorte 2009 para uma audiência pública e debateram os principais anseios da pecuária brasileira. O assunto que dominou as discussões foi a recomendação do Ministério Público do Pará (MP) em suspender a aquisição de gado de fazendas localizadas na região amazônica.

O presidente da Associação dos Criadores de Nelore do Brasil (ACNB), Vilemondes Garcia, juntamente com o secretário de agricultura de São Paulo, João Sampaio, os deputados federais Moreira Mendes, João Bacelar, Abelardo Lupion, Antonio Bulhões, Duarte Nogueira, além de Inácio Kroetz, secretário de Defesa Agropecuária do MAPA, Rafael Aves, chefe da Embrapa Gado de Corte, José Olavo Borges Mendes, presidente da Associação Brasileira de Criadores de Zebu (ABCZ), Cesário Ramalho da Silva, presidente da Sociedade Rural Brasileira (SRB) e Alice Ferreira, vice-presidente da ACNB estiveram na mesa e comandaram as discussões.

O secretário de agricultura de São Paulo, João Sampaio, foi um dos primeiros a falar e mostrar sua indignação contra a ação do MP e as redes de supermercados. Segundo ele, o assunto deve ser discutido com clareza e de modo racional, separando o joio do trigo. “O ministério Público está cometendo um novo erro para consertar outro erro de poucos. A grande maioria trabalha de maneira correta e é inaceitável que todos sejam punidos”, afirmou.

O deputado Abelardo Lupion compartilhou da mesma opinião e ressaltou que a ação é um desserviço ao país. “A lei ambiental precisa ser adequada, precisamos unificar os discursos e trabalhar em prol da cadeia produtiva. A bancada ruralista vai enfrentar o Ministério do Meio Ambiente e se fará respeitar”, prometeu.

Vilemondes Garcia apoiou o discurso e também comentou a necessidade na alteração da atual lei ambiental. “A maioria dos pecuaristas que estão no Pará foram incentivados pelo Governo Federal a produzir naquela região. Foram desbravadores que estão sendo punidos e colocados em uma vala comum. A discussão precisa ser técnica, deixando de lado as paixões e ideologias”, afirmou.

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