Nesta discussão está ficando de fora o principal, que é a viabilidade econômica das plantas frigoríficas brasileiras. Não adianta apenas aportar mais crédito, sem antes rever todo o sistema.
O leitor do BeefPoint Auler Jose Matias, enviou um comentário ao artigo “Qual a importância da ajuda do Governo aos frigoríficos?“. Abaixo leia a carta na íntegra.
“Nesta discussão está ficando de fora o principal, que é a viabilidade econômica das plantas frigoríficas brasileiras.
Estudos feitos, inclusive pela Embrapa, apontam a atividade como deficitária, isto é, a maioria dos frigoríficos trabalham no vermelho. As causas são muitas, e vão deste a forma de comercialização de animais até a distribuição do produto final.
Não adianta apenas aportar mais crédito, sem antes rever todo o sistema.”
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Uma comparação inevitável é com a cadeia de aves e suinos. Fora o tropeço especulativo do grupo Sadia em 2008 e alguns casos isolados o que vemos na área industrial desta cadeia produtiva é uma história de sucesso e de continuidade. E uma forte cultura de integração com os fornecedores e industrialização dos produtos.
Já na cadeia bovina basta listarmos os nomes dos grandes frigoríficos brasileiros dos últimos 40 anos para constatar a imensa rotatividade do setor: Bordon, Swifft, Moura, Sadia, Independencia, Bertin, etec, etc, etc.
Os dois grandes de nossos dias, JBS e Marfrig, são sucessos relativamente recentes e certamente turbinados pela política de crédito do BNDES. A novidade agora é a escala de atuação destas empresas. Estas empresas são players mundiais e tema oportunidade de tentar virar o jogo. De se perpetuarem. Mas a verdade é que reinventar um negócio é complexo e arriscado. Só o tempo dirá se terão sucesso.
Att,