Os contratos de opções nos mercados agropecuários da BM&FBOVESPA têm apresentado alto grau de liquidez, já que se trata de mecanismo do mercado derivativo para gerenciar o risco de preço das commodities. No primeiro semestre de 2008, foram negociados 53.475 contratos de opções, dos quais 21% foram opções de boi gordo (11.176 contratos), superando os números do primeiro semestre de 2007 (3.593 contratos).
O tempo seco contribuiu para a melhora da oferta e o aparecimento de alguns lotes de boi. Aliado à liquidez da oferta, a demanda no varejo apresentou sinais de enfraquecimento. Notou-se preferência para a carne de frango, o que se refletiu na queda de R$0,20/kg nos preços da carne bovina, estando o traseiro, o dianteiro, a carcaça casada e a ponta de agulha, respectivamente, a R$5,60/kg, R$4,60/kg, R$5,00/kg e R$4,00/kg em 22 de junho.
O enfraquecimento da demanda contribuiu para reduzir a pressão de compra por boi por parte dos frigoríficos. O Indicador de Preço Disponível do Boi Gordo Esalq/BM&FBOVESPA refletiu esse comportamento: em 23 de julho, decresceu 3,41% em relação ao início do mês, estando a R$90,47/arroba.
Por sua vez, o mercado futuro acompanhou o movimento de baixa e os preços com vencimento para julho caíram 3,7% na BM&FBOVESPA, enquanto os contratos com vencimento para outubro de 2008 apresentam declínio de 6,7% em 23 de julho, em relação ao início do mês.
De acordo com a Associação Brasileira das Exportadoras de Carnes (Abiec), as exportações no primeiro semestre de 2008 somaram US$2,5 bilhões, com alta de 13% ante o mesmo período do ano passado. Tal fato deve-se ao aumento da demanda mundial por carne bovina, o que elevou os preços da tonelada no mercado internacional, resultando em 40% a mais no preço da tonelada de carne exportada (US$3,5 mil). Por outro lado, houve também restrição das exportações mundiais de carne bovina, não só para o Brasil, como também para Argentina e Estados Unidos. Para o Brasil, o resultado foi queda do volume exportado de 19% em relação ao primeiro semestre de 2007, totalizando 702,3 mil toneladas exportadas.
Em 7 de julho, o mercado futuro de boi gordo da BM&F totalizou 71.608 contratos em aberto (1,5 milhão de cabeças), registrando crescimento de 42% ante julho do ano passado, com 50.160 contratos em aberto (1milhão de cabeças). Esse aumento de liquidez é explicado pela elevação do número de participantes no mercado interessados em utilizar a ferramenta de hedge como mecanismo de proteção e garantia de preços. Até o dia 23, a BM&F registrou nove vencimentos em aberto para o mercado de boi gordo: julho/08 a R$89,65/arroba; agosto/08 a R$87,50/arroba; setembro/08 a R$86,59/arroba; outubro/08 a R$88,03/arroba; novembro a R$90,71/arroba; dezembro a R$90,00/arroba; janeiro/09 a R$89,60/ arroba; maio/09 a R$87,75/arroba; e outubro/09 a R$94,60/arroba.
Os contratos de opções nos mercados agropecuários da BM&FBOVESPA também têm apresentado alto grau de liquidez, já que se trata de mecanismo do mercado derivativo para gerenciar o risco de preço das commodities. No primeiro semestre de 2008, foram negociados 53.475 contratos de opções, dos quais 21% foram opções de boi gordo (11.176 contratos), superando os números do primeiro semestre de 2007 (3.593 contratos).
Para entender melhor o funcionamento do mercado futuro e de opções de boi gordo, acesse www.bmf.com.br.
Gráfico 1. Evolução do indicador de preço disponível do boi gordo Esalq/BMFBOVESPA