Aumenta a venda de vacina antiaftosa

As vendas de vacina antiaftosa para atender a campanha de imunização de maio cresceram 14%, segundo dados do Sindicato Nacional Indústria de produtos para Defesa Agrícola (Sindan). O volume comercializado foi de 107,3 milhões de doses entre abril e metade de junho. Houve falta de produto em alguns estados brasileiros.

Apenas em maio, mês da campanha, a comercialização foi de 48,94 milhões de doses, 2,8% superior ao mesmo período de 2003. A vacinação, que abrangeu mais de 80% do rebanho nacional, começou em 1^o de maio e, em alguns estados, se estendeu até meados de junho, devido à escassez do produto. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) está averiguando os motivos que causaram a falta.

Segundo o presidente do Sindan, Emílio Salani, a falta é circunstancial e não um problema de fabricação. Nos estados de Goiás, Mato Grosso do Sul, Maranhão, Tocantins e Pará, os produtores reclamaram de dificuldades de encontrar o produto que, de acordo com Salani, se explicaria por problemas de distribuição, posição geográfica e inadimplência de algumas revendas.

Para o gerente do Programa de Febre Aftosa do ministério, Jamil Souza, havia produto, mas talvez possa ter ocorrido problema de distribuição.

Goiás liderou as vendas, chegando a 22,5 milhões de doses, acréscimo de 5,6% sobre o mesmo período de 2003. No mês da campanha, a comercialização foi de 10,7 milhões de doses, menor que no ano passado, pois houve antecipação da comercialização. Segundo dados do Sindan, entre 50% e 60% da demanda nacional foram adquiridas em abril. “Muitos produtores têm fazendas também no Tocantins, Pará e Maranhão, por isso a maior venda”, justifica o diretor-técnico da Agrodefesa, Higino Carvalho.

O segundo maior volume de vacinas comercializadas foi em São Paulo, com 15 milhões de doses, seguido por Mato Grosso do Sul, com 12,3 milhões de doses.

O maior crescimento ocorreu no Maranhão, 72,9% mais sobre o mesmo período de 2003. Para a campanha de maio, o Estado adquiriu 6,4 milhões de doses. “Isso demonstra que os produtores estão mais conscientes da importância da vacinação”, diz o diretor-geral da Agência de Defesa Agropecuária (Aged), Sebastião Anchieta Filho.

Fonte: Gazeta Mercantil (Neila Baldi), adaptado por Equipe BeefPoint