O prêmio pago ao pecuarista pelo gado que está na lista destinada a exportar para a União Européia estimulou o aumento dos pedidos de auditorias das fazendas. O resultado é que, em um mês, 69 novas propriedades passaram a ser habilitadas para aquele mercado, totalizando 159 fazendas. "O produtor viu que se não tiver a propriedade com registro atualizado, não entra na lista. Então, está se adequando ao sistema", afirma Naor Maia Luna, responsável pela rastreabilidade no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para o diretor-executivo da Associação das Empresas de Certificação e Rastreabilidade Agropecuária (Acerta), Paulo Hora, a demanda cresceu em função do aquecimento do mercado.
O prêmio pago ao pecuarista pelo gado que está na lista destinada a exportar para a União Européia estimulou o aumento dos pedidos de auditorias das fazendas. O resultado é que, em um mês, 69 novas propriedades passaram a ser habilitadas para aquele mercado, totalizando 159 fazendas. Estima-se que outros 1 mil estabelecimentos tenham solicitado auditorias, de um total de 12 mil inscritos no sistema de rastreabilidade do País, nos estados autorizados a vender para a Europa.
Além de ter aumentado o número de pedidos de auditoria, a aprovação – após a checagem estatal – também está maior: na média nacional passou de 25% para 50%. Atualmente, a diferença entre o animal certificado e o não-rastreado fica entre R$ 15 a R$ 20 por arroba. Na instituição da lista, em fevereiro, girava por volta de R$ 10. Na ocasião a lista tinha 106 propriedades – que diminuiu até julho por inconformidades verificadas e também porque algumas não eram de gado de corte.
“O produtor viu que se não tiver a propriedade com registro atualizado, não entra na lista. Então, está se adequando ao sistema”, afirma Naor Maia Luna, responsável pela rastreabilidade no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento. Para o diretor-executivo da Associação das Empresas de Certificação e Rastreabilidade Agropecuária (Acerta), Paulo Hora, a demanda cresceu em função do aquecimento do mercado.
As estimativas iniciais do setor era que, para a retomada do fluxo normal das exportações para aquele bloco 3 mil fazendas deveriam ser aprovadas. Esperava-se que, até julho, houvesse a quantidade mínima. No entanto, hoje, nem os governos estaduais, nem as certificadoras e o ministério conseguem prever quando as vendas para a Europa estarão normalizadas. Mas acredita-se em uma celeridade, pois houve treinamento de técnicos e outros estados voltaram a poder comercializar com o bloco. Apenas em São Paulo – reabilitado no final de julho – mais de 100 fazendas já solicitaram a auditoria. “Em breve já teremos fazendas na lista”, acredita o secretário de Agricultura, João Sampaio. O estado tem 1.053 Estabelecimentos Rurais Aprovados pelo Sisbov (ERAS).
O responsável pelo sistema nacional diz que a cronologia de pedido de auditagem é um dos critérios de prioridade para a análise, assim como os confinamentos – pois é época de abate de animais deste tipo de propriedade.
O estado campeão em aprovação – desde o início da listagem – é Minas Gerais, que tem hoje 103 fazendas aprovadas. Outras 61 aguardam a conferência do governo. Altino Rodrigues Neto, do Instituto Mineiro Agropecuário (IMA), diz que são 15 propriedades auditadas por semana, com média de aprovação de cerca de 65%. No entanto, segundo ele, o prazo entre a auditoria e a entrada na lista tem ficado em torno de 30 dias – porque todas as aprovações regionais precisam passar por um conselho local antes de serem encaminhadas ao ministério. Geralmente, de acordo com Luna, os estados mandam as novas listagens semanalmente, até a sexta-feira, que são checadas pelo ministério, e a União Européia publica os aprovados em 48 horas.
Em Mato Grosso – segundo em número de fazendas aprovadas – 100 propriedades aguardam a auditoria que, pelos cálculos do Instituto de Defesa Agropecuária (Indea), devem ser intensificadas em setembro, com a conclusão do treinamento de novos técnicos. “Queremos colocar, no mês que vem, umas 120 fazendas na lista”, diz Décio Coutinho, diretor do instituto. Segundo ele, a média de aprovação é alta porque as fazendas que pedem a checagem são aquelas que têm certeza de que estão nas conformidades exigidas pelos europeus.
Os especialistas dos estados dizem que as principais inconformidades encontradas nas fazendas que solicitaram a auditoria é a quantidade de animais – muitas vezes, esquece-se de “dar baixa” no sistema e o número que consta não confere. Outro erro comum é a perda do brinco.
A matéria é de Neila Baldi, foi publicada na Gazeta Mercantil, adaptada e resumida pela Equipe BeefPoint.
0 Comments
O que está acontecendo em todos os estados é que todo técnico treinado tem apenas uma pequena disponibilidade mensal, e no caso de MG houve um incremento maior de profissionais nas auditorias de ERAS em seu estado.
Já com esta caída do preço da arroba, com todo o critério exigido em documentação e também a participação ou do proprietário ou um técnico especializado, que muitas vezes encarece o programa do SISBOV, vai deixando mais uma vez o produtor de carne com aquela instabilidade, pelo menos no que diz respeito à credibilidade do SISBOV.
Digo isto por participar diretamente com o produtor a 30 anos em serviços sanitários.
Aproveito a deixa do Mário Paes Leme, mostrando o que acontece no Brasil real, para dar a seguir uma notícia que normalmente não sai na imprensa, regiamente abastecida pelos releases emanados do nosso MAPA.
O dinheiro que deveria estar sendo gasto na Defesa Agropecuária está sendo torrado de forma irresponsável nestas centenas de “treinamentos” de funcionários estaduais que já não dão conta de fazer nem aquilo por que são remunerados, que é cuidar de problemas palpáveis como aftosa e brucelose.
O deputado federal Cláudio Diaz (PMDB-RS) propôs esta semana, no Parlamento do Mercosul (Parlasul), em Montevidéu, uma política única de venda de produtos animais do bloco. O objetivo é fortalecer o setor para enfrentar as restrições contra a carne bovina da América Latina e os preços aviltantes pagos pelos importadores.
Médico veterinário e vice-presidente da Representação Brasileira no Parlasul, Diaz informa que o Parlasul aprovou declaração na qual registra sua oposição às barreiras impostas pela União Européia (UE) e que afetam principalmente o Brasil. “A carne exportada pelos países do Mercosul já é submetida às rigorosas normas sanitárias internacionais, estando, portanto, apta ser comercializada e consumida em qualquer parte do mundo”, afirma o deputado, que é favorável à formulação de uma política comum para o setor.
Sobre as exigências da UE para que o Brasil implante um sistema de rastreabilidade, Diaz afirma que no Brasil, a medida deverá ser implementada com base nos seguintes instrumentos: marca a fogo, tatuagem ou outra forma permanente de marcação dos animais, para identificação do estabelecimento proprietário; Guia de Trânsito Animal (GTA); nota fiscal; atestado de vacinação; e registros do Serviço de Inspeção Federal, dos estados ou dos municípios, conforme exigir a legislação pertinente.
Explica que essa proposta é resultante de uma subcomissão que tratou do assunto e apresentou para avaliação do Mapa o Projeto de Lei 3514/08, da Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural, que define o conceito de rastreabilidade e disciplina a aplicação na cadeia produtiva das carnes bovina e bubalina.
Após a possível aprovação e regulamentação dessa norma, os produtores terão o prazo de dois anos para se adaptarem às exigências de controle das carnes bovina e bubalina.(Agora /MS)
Parabéns Minas Gerais pela ação!
Todos podemos ser bons também, só falta ter interesse.
Boa sorte a todos.
Concordo com você Mário, pois vejo um grande descredito ainda com o sisbov, pois a burocracia do governo emperra todo sistema, porque não fazer uma auditoria regional, pois tivemos auditores em nossa região que vieram de rondonia, paraiba, rio grande do sul, fazendo uma auditoria com certa demagogia, pois chegaram com hora marcada para ir embora, pois tinham voo marcado para suas cidades, é um absurdo ver umas aberrações com os produtores que estão gastando e esperando em uma fila para serem auditados, caro ministro fica dificil trabalhar com o sisbov nessas condições, precisamos ser mais objetivos e não trazer quem se acha dono da verdade para auditarem as propriedades, e tamben o cheklist é uma vergonha que nem certos auditores entendem ele e é muito repetitivo, se estão querendo auditar porque cobrar a mesma coisa varias vezes, ou estão querendo confirmar.
Meus Senhores, desculpem mas terei de colocar algumas cartas na mesa. Sou do meio rural, filho de produtor rural e sempre defendi a classe, mas vamos parar de jogar pedras.
Nos últimos cinco anos trabalhei na compra de bovinos para abate em frigorífico exportador, portanto acompanhei vida e morte do SISBOV. Talvez os senhores façam parte da elite de produtores organizados, mas saibam, que além de elite são raros.
Concordo plenamente que o SISBOV sempre ofereceu controvérsias e inoperâncias, mas nesse tempo, acompanhei cada barbaridade por parte dos produtores que não dá nem para descrever. A grande maioria, ao invéz de tentar se adequar, ou pelo menos se aproximar do proposto pelo SISBOV, faziam é pirraçar!
Era comum eu comprar um lote de gado rastreado e o produtor mandar uma caixa de DIA´s e um saco de brincos, e ainda diziam “pode escolher”. Comum receber brinco de vaca na orelha do boi. Idade e raça? Nem é bom falar.
Ficaríamos o dia todo relatando esses absurdos. Concordo com os erros do SISBOV, mas estou falando do básico.
Então meu senhores, agora antes de jogarmos pedras no MAPA e colocar a culpa no governo, devemos analizar qual foi nossa parcela de culpa nisso tudo.
O preço da arroba para a UE vale R$15,00 a mais, pois esse é o preço para nossa desorganização.
Pensem nisso.