No início da segunda quinzena de janeiro os preços do boi gordo continuaram em alta. Neste momento, frigoríficos tem notado um aumento nas ofertas de boi gordo e, em algumas regiões, iniciam pressão sobre os preços da arroba. De qualquer forma, o que se vê são escalas ainda curtas e dificuldade para adquirir lotes grandes de animais para abate. O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista apresentou recuo (-R$ 0,03) nesta quarta-feira, mas em relação à semana passada, a cotação de R$ 75,43/@ acumula alta de 0,15%. O indicador a prazo está cotado a R$ 76,19/@.
No início da segunda quinzena de janeiro os preços do boi gordo continuaram em alta. Neste momento, frigoríficos tem notado um aumento nas ofertas de boi gordo e, em algumas regiões, iniciam pressão sobre os preços da arroba. De qualquer forma, o que se vê são escalas ainda curtas e dificuldade para adquirir lotes grandes de animais para abate.
O indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista apresentou recuo (-R$ 0,03) nesta quarta-feira, mas em relação à semana passada, a cotação de R$ 75,43/@ acumula alta de 0,15%. O indicador a prazo, que está cotado a R$ 76,19/@, apresenta variação positiva de 0,08% na semana. O valor atual é 39,72% superior à cotação de um ano atrás.
Tabela 1. Principais indicadores, Esalq/BM&F, relação de troca, câmbio
Gráfico 1. Indicador Esalq/BM&F boi gordo à vista e em dólar
Sérgio Paschoal, do escritório Pantaneiro, de Campo Grande/MS, reporta que após a redução de R$ 1,00 nas ordens de compra, os negócios travaram e está difícil comprar. Ele ressalta que as boiadas que estão sendo negociadas ainda estão leves, reflexo da seca prolongada e do atraso na recuperação das pastagens.
Os pecuaristas de Mato Grosso comemoram um novo recorde nos preços da arroba do boi que hoje está em R$ 70,00/@. O presidente do Centro Boi, Luis Heraldo Padilha, credita o bom preço da arroba do boi a três importantes fatores. Ele afirma que o que está ocorrendo é reflexo primeiro do grande abate de matrizes, aliado à dificuldade de se formar novas áreas de pastagens. Ele lembra também que muitos animais jovens foram vendidos a outros estados, o que gerou uma escassez de animais em idade de abate.
Para o diretor executivo da Associação dos Produtores Rurais (APR), Paulo Resende, para que o bom momento se mantenha é preciso que tudo corra bem na economia, que o povo esteja bem e a economia em pleno funcionamento. “Quem produz precisa ter para quem vender, então precisamos torcer para que tudo vá bem, que mais gente possa comer carne, que é a melhor proteína e a mais barata do mundo. Assim todo mundo ganha”.
“No Tocantins a oferta de gado gordo ainda é bastante reduzida. No que se refere a região sul do estado, há especulações de alongamento nas escalas de abates, mas a realidade é bem diferente. Os preços continuam firmes e a oferta é reduzida. O boi está sendo negociado a R$ 60,00@ e a vaca R$ 56,00@”, comenta Marcelo Dias da Silva, de Gurupi/TO.
O leitor do BeefPoint, Tales Cardoso Machado, informa que “no norte de Goiás, na região de São Miguel do Araguaia, está chovendo pouco. Os pastos ainda não melhoraram e a oferta de boi gordo é pequena”.
Como está o mercado na sua região?
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Tabela 2. Resumo das cotações do mercado físico do boi gordo, variação relativa a 16/01/08
Wilson Fernando Soares Jacondino, leitor do BeefPoint, de Pelotas/RS, comenta que na região a reposição está difícil. “Existe pouca oferta, e os preços do quilo se equivalem ao do gado gordo. Quanto ao comércio de terneiros, as vendas da produção ainda não começaram, mas a procura por parte dos compradores é grande. O preço deverá girar ao redor de R$ 3,00 o quilo vivo”.
José Luiz Casati, da Agroboi, de Linhares/ES, comenta que no estado as chuvas tem sido boas e as pastagens já estão produzindo bem. Na região, a arroba do boi gordo está sendo negociada a R$ 66,00 e os bezerros são vendidos a R$ 2,30/kg vivo.
No atacado da carne bovina, os três cortes primários apresentaram recuos nesta semana. O traseiro (R$ 5,50) apresentou variação de -R$ 0,20, o dianteiro (R$ 3,40) acumulou queda de R$ 0,10 e a ponta de agulha (R$ 2,90) recuou R$ 0,20. Frente aos recuos do período, o equivalente físico foi calculado a R$ 65,15/@, queda de 3,57%.
Como o indicador se valorizou, ao contrário do equivalente, o spread (diferença) aumentou, ficando em R$ 10,29/@. Este valor do spread está superior à média dos últimos 12 meses que é de R$ 5,89/@. Vale lembrar que quanto maior for o spread menor será a margem bruta do frigorífico.
Tabela 3. Cotações do atacado da carne bovina
A imprensa noticiou que o Uruguai estaria de olho neste mercado, já que as vendas brasileiras devem diminuir após as novas restrições entrarem em vigor. O presidente do Fórum Nacional Permanente de Pecuária de Corte da Confederação de Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Antenor Nogueira, contesta essas informações. “Além de não conseguir suprir o mercado europeu mesmo se vender todo o rebanho, o Uruguai vende carne para os Estados Unidos, que paga o dobro do preço da União Européia”, comentou.
Em relação aos problemas encontrados no Brasil pela última missão da UE e à possível diminuição das exportações brasileiras ao bloco, Fernando Sampaio, da Meat Import Zandbergen Bros. BV, em carta enviada ao editorial “O boi, o brinco e a União Européia”, cometa que “a culpa não é dos irlandeses que fizeram um lobby para bloquear as importações brasileiras, e sim dos brasileiros que lhes deram o motivo. Cumprir compromissos e contratos é a regra número um para se ter respeito e confiança como parceiro comercial. O Brasil parece ser incapaz disso. Agora, uruguaios, argentinos, australianos e americanos (sim, já há carne americana aqui) estão aproveitado a alta de preços causada pela saída do Brasil do mercado. Enquanto eles ganham dinheiro, pecuaristas, frigoríficos e governo no Brasil acusam-se mutuamente de incompetência, ganância e falta de visão. O pior é que todos estão com razão”.
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Boa Tarde.
Na minha região, mais específicamente, Presidente Prudente/SP, a @ está senod negociada em R$ 71,00 para o boi e R$ 64,00 para a fêmea (à vista). Observando-se um mercado um pouco travado, visto que os frígorificos da região, hoje não falaram no preço do dia, esperando a segunda-feira.
Na questão Sisbov, necessitamos fazer a lição de casa. Regras já temos demais, o que necessitamos é simplificá-las e cumprí-las. Para isto, as autoridades competentes devem zelar pela aplicação. Os frigorificos devem remunerar o produtor pelo produto diferenciado que estão recebendo e fazer o jogo do ganha ganha. Os produtores devem aderir, somente os que realmente querem produzir qualidade, se unir, e cobrar, a lei da oferta e procura fará com que eles sejam recompensados.
Da forma que está, é um custo ao a mais para o produtor, para o consumidor final não há garantias, vejam o caso UE, e apenas os processadores e intermediários estão ganhando. Assim não dá.
Bom dia!
Na região do Vale do Paraíba/SP, a @ de boi está girando entre R$68,00 e R$70,00 para pagamento com 30 dias. Alguns frigoríficos do Oeste de São Paulo ainda descontam um pouco mais para cobrir o frete.
A reposição está bastante difícil, com poucas ofertas a preços próximos aos da @ do boi.
Gostaria de sugerir a formação de uma central de informações via internet para cada região do Estado, assim nós produtores poderiamos estar sempre atualizados das negociações, valores reais da nossa região e até mesmo compra e venda diretamente entre produtores.
Aguardo contatos ou mesmo sugestões.