A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) notificou o registro de sete casos da doença da língua azul em bovinos na Austrália. A notificação foi feita por se tratar de uma nova cepa de uma doença já registrada.
A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) notificou o registro de sete casos da doença da língua azul em bovinos na Austrália. A notificação foi feita por se tratar de uma nova cepa de uma doença já registrada.
Desta vez, os testes mostraram se tratar do sorotipo 2 do vírus da doença da língua azul. Dentre 1024 animais susceptíveis, foram registrados sete casos, todos em bovinos. Os casos eram sub-clínicos, sem registro de sintomas da doença.
Estas descobertas ocorreram em uma zona conhecida pela presença da doença, no norte da Austrália. Trinta anos de vigilância regular determinaram a extensão da zona afetada pela doença no país e seus vetores.
Os sorotipos 1,3,7,9,15,16,20,21 e 23 já tinham sido isolados em bovinos na região norte da Austrália. Acredita-se que os vetores infectados são levados para a Austrália pelas monções.
A doença da língua azul está se tornando um problema cada vez maior na Europa, onde a União Europeia (UE) tem financiado programas de vacinação contra a doença, além de tomar várias outras medidas de controle da doença. Disseminada por mosquitos, a doença da língua azul anteriormente tendia mais a ocorrer em regiões do sul da UE até 2006, quando passou a se mover para o norte.
Em 2007, o quadro foi ainda pior, com mais de 50 mil casos confirmados em 11 países (veja artigo relacionado). De julho de 2007 a abril de 2008, 57.542 propriedades de 11 países diferentes dos 27 membros da União Européia (UE) foram afetadas somente pelo sorotipo 8 da doença da língua azul (veja artigo relacionado).
Os ovinos são freqüentemente os animais mais afetados sofrendo de problemas respiratórios, debilidade, salivação e altas temperaturas corpóreas. Em alguns casos, a língua do animal fica azul.