A Austrália embarcou o equivalente a 775 milhões de dólares australianos (US$ 821 milhões) de carne bovina para a Coreia do Sul em 2011, tornando-se o maior fornecedor do país asiático, que, por sua vez, foi o terceiro maior mercado para carne bovina australiana.
Com a entrada em vigor do acordo de livre comércio entre Estados Unidos e Coreia do Sul no dia 15 de março, os exportadores australianos de carne bovina e lacticínios foram colocados de lado, afirmou nesta terça-feira o presidente da Federação Nacional de Agricultores da Austrália, Jock Laurie.
Os australianos já estavam em desvantagem por causa da valorização de sua moeda. Segundo Laurie, há “grandes preocupações” de que o pacto comercial entre EUA e Coreia do Sul já tenha se tornado operacional. “Isso coloca a agricultura australiana numa clara desvantagem”, disse. Laurie e outros integrantes do setor estão pressionando por um acordo de livre comércio entre a Austrália e a Coreia do Sul o mais rápido possível, mas analistas consideram que não ocorrerá ainda neste ano.
Após uma consulta à indústria de carne bovina no ano passado, a Austrália rejeitou uma proposta da Coreia do Sul de redução de tarifas por 18 anos, em comparação com um programa de 15 anos para as importações dos EUA. Mas, com as negociações de livre comércio com os EUA se tornando o centro das atenções, a iniciativa com a Austrália foi colocada de lado.
Iain Mars, chefe da maior processadora de carne do país, a JBS Swift Austrália, disse no início do mês que o fracasso em conseguir um acordo com a Coreia do Sul foi um desastre para os exportadores de carne.
A Austrália embarcou o equivalente a 775 milhões de dólares australianos (US$ 821 milhões) de carne bovina para a Coreia do Sul em 2011, tornando-se o maior fornecedor do país asiático, que, por sua vez, foi o terceiro maior mercado para carne bovina australiana.
Segundo o gerente de desenvolvimento de comércio internacional da Dairy Austrália Ltd., Peter Myers, a Coreia do Sul terá eleições no dia 11 de abril, o que deve atrasar a retomada de negociações. A grande preocupação é se houver mudança de liderança na Coreia do Sul, o que forçaria uma renegociação completa do acordo. “Seria o pior cenário”, disse.
Fonte: Agência Estado, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.