A partir de agosto desse ano, a cota de carne de alta qualidade de animais alimentados com grãos aumentará de 20.000 toneladas para 48.200 toneladas – fornecendo um espaço significante para aumentar as exportações nos próximos anos.
Com a cota de carne bovina oriunda de animais confinados podendo mais que dobrar a partir de agosto, os produtores podem aproveitar as novas oportunidades no mercado relativamente pequeno, mas de alto valor, da Europa, disse o Meat and Livestock Australia (MLA)
A União Europeia (UE) é o mercado de carne bovina de maior valor por tonelada da Austrália – A$ 9.302 (US$ 9.558,55) por tonelada, bem mais que o valor em Hong Kong, o segundo mercado de maior valor, com A$ 5.856 (US$ 6.017,51) por tonelada.
As exportações de carne bovina à UE alcançaram 12.828 toneladas em 2011, um aumento de 30% com relação ao ano anterior, apesar de as exportações estarem restritas por uma variedade de cotas que limitam o acesso ao mercado de 500 milhões de consumidores.
A maioria da carne bovina australiana é enviada à UE dentro da cota Hilton (com 7.150 toneladas que a Austrália tem acesso) e da cota de carne de alta qualidade de animais alimentados com grãos (20.000 toneladas, com o acesso dividido entre alguns países selecionados).
As mudanças nessas cotas – mais do que as condições econômicas do continente e os padrões de consumo – representam o fator mais importante que pode impactar nas exportações australianas de carne bovina a esse destino.
A partir de agosto desse ano, a cota de carne de alta qualidade de animais alimentados com grãos aumentará de 20.000 toneladas para 48.200 toneladas – fornecendo um espaço significante para aumentar as exportações nos próximos anos.
Dados da Associação Internacional de Comércio de Carnes e da Comissão Europeia indicam que a maioria das cotas de carne bovina da UE não foi preenchida em 2011. A cota Hilton é administrada com base em um ano financeiro e tem uma distribuição total de 65.250 toneladas, com 23.333 toneladas não distribuídas em 2010-11.
A Argentina possui a maior cota, com 28.000 toneladas – cumprindo com 93% em 2010-11. O Brasil (10.000 toneladas), os Estados Unidos e o Canadá (11.500 toneladas) não usaram sua cota total, cumprindo apenas com 5%. O ano passado, a Austrália cumpriu com 90% de sua cota, menos que os 99% de cumprimento nos três anos anteriores.
A cota de carne de alta qualidade foi aberta em 2009, com a Austrália ganhando acesso a ela em janeiro de 2010. O acesso é dividido com Estados Unidos, Nova Zelândia, Uruguai e Canadá e administrado com base em um ano financeiro. Em 2010-11, 90% das 20.000 toneladas foram utilizadas, com a Austrália enviando 4.038 toneladas.
Outras cotas de carne bovina que a Austrália tem acesso também não foram cumpridas em 2011. Somente 22% da cota de 63.703 toneladas de carne processada sujeita a tarifas foram cumpridos no ano passado, com 1.500 toneladas da cota de carne congelada sujeita a tarifa tendo sido cumpridas apenas em 53%.
Com os aumentos da cota e a produção europeia declinando, existe um amplo espaço para os produtores australianos preencherem esse espaço. Os processadores e exportadores à Europa expressaram preocupações sobre a oferta de gado qualificado para a UE. Para ser qualificado para exportação à UE, a carne bovina ou produtos de carne e alguns subprodutos precisam ser obtidos de animais criados sob o Esquema de Credenciamento da União de Gado Europeia (EUCAS) – cadeia de fornecimento credenciada, que inclui produtores, confinamentos e leilões.
A UE tem algumas especificações de mercado, incluindo:
– Novilhos e novilhas de qualquer raça em um alcance de 380-500 quilos.
– Animais com 320-420 quilos e 7-2mm de gordura.
– Rastreabilidade garantida para todos os animais.
– Sem uso de hormônios promotores de crescimento.
– Dente de leite ou dois dentes, requerendo genética e controle do pasto para descartar gados com menos de 30 meses.
Em 04/04/12 – 0,97299 Dólar Australiano = US$ 1,00 (Fonte: Oanda.com)
A reportagem é do TheCattleSite, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.