Austrália quer manter participação no mercado japonês

A Austrália e os Estados Unidos deverão se enfrentar em uma batalha pelo grande mercado japonês de carne bovina. Na semana passada, o ministro da Agricultura australiano, Warren Truss, garantiu que o país continuará se esforçando para manter sua forte posição como um exportador de carne bovina de qualidade ao mercado do Japão, mesmo depois da re-entrada dos EUA neste mercado.

Truss disse que os anúncios do acordo feito entre EUA e Japão em 23 de outubro indicam que estão sendo feitos progressos significativos entre os dois países no que se refere à retomada do acesso da carne bovina norte-americana ao mercado japonês.

“Uma série de assuntos ainda precisam ser resolvidos entre os EUA e o Japão antes da retomada do comércio e mesmo depois que esses assuntos forem resolvidos, ainda haverá uma gama de novos requerimentos impostos às exportações dos EUA”, disse Truss. “Apesar disso, a excepcionalmente grande participação no mercado das exportações australianas de carne bovina ao Japão desde dezembro passado deverá sofrer pressão”.

“O governo da Austrália e a indústria australiana de carne bovina continuam trabalhando duro para promover a carne bovina australiana para o exigente público japonês e o aumento de 39% nas exportações deste ano é prova da qualidade e da aceitação de mercado da carne bovina australiana”.

Os preços dos bovinos na Austrália têm aumentado devido à ausência da carne bovina dos EUA no norte da Ásia desde o final do ano passado, disse Truss. Entretanto, os mercados de carne bovina do mundo todo estão atualmente fortes e é difícil prever qual será o impacto nos preços da retomada do comércio de carne bovina entre EUA e Japão. Antes do surgimento do primeiro e único caso de EEB nos EUA, em 23 de dezembro de 2003, a carne bovina dos EUA representava aproximadamente 46% (mais de 260.000 toneladas) das importações de carne bovina do Japão. A participação da Austrália nas importações de carne bovina do Japão, que foi de 49% em 2003, aumentou para mais de 90% desde a barreira imposta ao produto norte-americano.

Fonte: MeatNews.com, adaptado por Equipe BeefPoint