Austrália: setor tem boas perspectivas

As previsões para a indústria de carne bovina da Austrália permanecem boas, apesar da seca e do iminente retorno da carne bovina dos EUA à Ásia, informou o Meat and Livestock Australia (MLA).

O analista chefe de mercado do MLA, Peter Weeks, disse que o retorno da carne bovina dos EUA ao Japão deverá ser mais gradual do que antes se pensava, limitando o impacto na demanda por carne bovina australiana. Já as vendas de carne bovina dos EUA à Coréia foram adiadas, o que mantém a vantagem da Austrália nesse mercado.

“Em algum momento, os EUA farão um retorno significativo a esses mercados e, juntamente com o aumento na produção nos EUA e na Austrália e o aumento na competição com a América do Sul, isso poderá desencadear um período de queda nos preços de bovinos e carne da Austrália, começando em 2007”.

Weeks explicou que um declínio dramático nos preços deverá ser evitado, pelo menos em curto prazo, por alguns fatores, como status sanitário da Austrália e sua imagem de segurança, baixa oferta e altos preços nos EUA que ocorrem de forma cíclica, manutenção do acréscimo de participação no mercado do Japão e da Coréia, forte demanda local e uma possível desvalorização no dólar australiano.

Os preços dos bovinos até agora em 2006 estão maiores do que o previsto, como resultado dos atrasos no retorno da carne bovina dos EUA ao norte da Ásia, apesar da seca que acomete a maioria dos estados do leste do país.

Segundo o MLA, no mercado interno a demanda continuou crescendo em 2006, e mais progressos são esperados nos próximos anos, direcionados pelo maior gasto dos consumidores e melhorias na qualidade, imagem e apresentação da carne bovina, assistida pela última campanha de marketing. Os gastos dos consumidores com carne bovina aumentaram 50% nos últimos cinco anos, para mais A$ 6 bilhões (US$ 4,57 bilhões).

Weeks destacou que apesar das boas perspectivas, a indústria de bovina da Austrália está mais vulnerável a importantes declínios nos preços do que jamais esteve nas últimas três décadas, devido à sua grande dependência de apenas quatro mercados: doméstico, Japão, EUA e Coréia. A reportagem é do site http://www.meatnews.com/