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Autora do livro “In Meat We Trust” fala em conferência de bem-estar animal

Na sessão de abertura da Conferência de Manejo e Cuidado Animal da Fundação Instituto Americano de Carnes, os participantes ouviram em primeira mão detalhes da jornada de uma autora, como as surpresas que ela encontrou quando pesquisou e publicou o livro sobre a história da indústria de carnes dos Estados Unidos.

Na sessão de abertura da Conferência de Manejo e Cuidado Animal da Fundação Instituto Americano de Carnes, os participantes ouviram em primeira mão detalhes da jornada de uma autora, como as surpresas que ela encontrou quando pesquisou e publicou o livro sobre a história da indústria de carnes dos Estados Unidos. Maureen Ogle, Ph.D, escreveu o livro: “In Meat W e Trust: A History of Meat in America”, após uma pesquisa exaustiva sobre o assunto por anos. Ela é historiadora, esse é seu quarto livro e, como a maioria de seus outros projetos literários, o assunto era completamente estranho para ela.

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“Eu prefiro escrever sobre coisas sobre as quais eu não sei nada”, disse ela, acrescentando que desde o início do projeto de sete anos, ela não tinha agenda para nada. Com 61 anos de idade, ela percebeu o quanto não sabia. “Eu não sabia nada e eu quero dizer nada mesmo, sobre como o alimento chega na minha mesa e, especialmente, não sabia nada sobre carnes”. Entretanto, assim como nos outros livros, incluindo o anterior sobre cerveja, a meta de Ogle era explorar como o assunto influencia a experiência de vida dos americanos.

Após dois anos de pesquisa e dois anos após o livro de Michael Pollan, “The Ominvore’s Dilemma” ter sido publicado, isso se tornou claro: “A carne é um assunto muito controverso na América”, disse Ogle. E parecia evidente que o livro de Pollan tinha algo a ver com essa controvérsia. Isso começou a dar direção a seu livro, disse ela, devido ao absurdo que ficou conhecido como “debate sobre alimentos”, que ela disse que não é realmente debate. “É uma competição de gritos de irrelevâncias e meias-verdades”.

Através de sua pesquisa, ficou claro que o consumo de carnes tem um papel único e proeminente na vida dos americanos e que esse papel vem desde a era colonial. Como a carne tem esse papel tão proeminente mesmo antes de a América ser formada, foi um fator de influência sobre como a terra foi usada na formação das colônias originais e no senso de direito dos primeiros americanos no que se refere a tornar a carne um componente importante em suas dietas.

À medida que ela desenvolveu o conteúdo para seu livro, Ogle acabou devotando cerca de metade dele para explicar quando e por que os americanos começaram a usar antibióticos. A segunda metade do livro foca em “como chegamos onde estamos hoje”, disse ela, incluindo a razão por trás da transição da produção pecuária em pastos abertos para áreas mais confinadas. Ela também conta a história e a razão para as fazendas de grande escala estarem substituindo as fazendas familiares.

Da mesma forma, ela descobriu que o confinamento pecuário evoluiu e se tornou mais prevalente, porque durante a industrialização da América, as terras se tornaram muito caras e valiam mais como imóveis residenciais e comerciais do que como pastagens. Os produtores foram forçados a confinar os animais com uma medida de controle de custos, mas também, para proteger o crescente número de animais dos predadores. Ogle descobriu através de sua pesquisa que antes da legislação ambiental ser aprovada nos anos setenta, o confinamento era amplamente considerado como uma forma superior de proteger o meio-ambiente. “Meu trabalho foi descobrir as raízes históricas dessas coisas que não são lugar comum”.

“Desde a era da Guerra Civil, os americanos vem centralizando, racionalizando e automatizando o sistema de produção pecuária e de abates de animais”, disse ela. Desde o período colonial, os produtores e fornecedores de carne vêm alimentando os consumidores globalmente, um fato que ela disse que data dos anos 1600s. É essa demanda global e expectativas domésticas por abundancia de carnes que criou a situação de hoje que muitos consideram inaceitável e colocam a culpa em um punhado de grandes companhias de carne.

É um milagre que o atual sistema de alimentos alimente tantas pessoas do mundo, disse Ogle, mas de outra forma, não é tão milagroso, porque a cadeia de fornecimento de alimentos “é um sistema que vem sendo construído para alimentar uma população urbana e um planeta cada vez mais urbano e funciona muito bem”.

Fonte: meatpoultry.com, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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