Segundo o presidente do Comitê de Saúde de Animais Terrestres da OIE, Alejandro Thiermann, o Brasil cumpre as regras internacionais de controle sanitário. O que acontece é que a União Européia (UE) e outros importadores impõem regras 'extras'.
Segundo o presidente do Comitê de Saúde de Animais Terrestres da Organização Mundial de Saúde Animal (OIE), Alejandro Thiermann, o Brasil cumpre as regras internacionais de controle sanitário. O que acontece é que a União Européia (UE) e outros importadores impõem regras ‘extras’.
Ele afirmou que o comércio internacional vem sendo afetado por tais práticas, embora a adoção de medidas adicionais não sejam ilegais. Ele ressaltou que o próprio Brasil foi rígido na imposição de medidas contra países que registraram EEB. O papel da OIE é justamente orientar os veterinários de países a evitar restrições comerciais injustificáveis.
Segundo Thiermann, de maneira geral “o Brasil não tem que se preocupar, já que respeita os padrões [internacionais]”. O dirigente considerou que o controle nacional da febre aftosa “está bem”, informou matéria de Assis Moreira, para o jornal Valor Econômico.
Uma missão da UE está no Brasil para avaliar os resultados da sorologia de aftosa em SP. Além disso, a Comissão Européia está avaliando o programa de controle de resíduos do Brasil e a UE ainda não descarta novas medidas contra a importação de alimentos brasileiros. Segundo o Estadão/Agronegócios, as autoridades irlandesas e francesas são as que mais pressionam por barreiras. Para os irlandeses, o embargo sobre as carnes nacionais, que hoje inclui apenas três estados, deveria ser ampliado a todo o país.
O especialista da OIE parece não concordar com a avaliação dos europeus. “Existem condições de produção que resultam em um produto sem riscos. Um país não precisa estar livre de uma doença para poder manter o comércio”, afirma. Segundo ele, “o importante não é apenas se uma região tem ou não uma doença, mas qual a sua capacidade de monitorá-la e o que faz quando surge”.
Segundo Thiermann, sua agência sofre pressão de exportadores para restrições menores, enquanto os países importadores de alimentos exigem níveis máximos de restrições sanitárias.
Para ele, o Brasil não pode lidar com a aftosa apenas com políticas nacionais. “O tratamento deve ser regional e um encontro deve estar sendo marcado para dezembro entre os países sul-americanos”. A OIE ainda realizará dois encontros importantes em Florianópolis/SC em novembro e dezembro deste ano para tratar da situação das Américas.
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Boa noticia dada pelo presidente do comitê da OIE, de que estamos dentro dos padrões das restrições sanitárias internacionais. Então, não adianta muitas autoridades que não fazem os deveres próprios ficarem dando opiniões sem nexo.