O primeiro passo para avaliar o estado nutricional das plantas é definir que parte deve ser amostrada. A amostragem da planta inteira não é adequada, pois a proporção de folhas, haste e material morto varia ao longo do tempo. A coleta de amostras simulando o pastejo dos animais também não traz bons resultados, pois, além de ser subjetiva, apresenta variações no tipo de folha (folhas novas e velhas) e na proporção folha/haste.
Experimentos conduzidos na ESALQ/USP têm demonstrado que, para a avaliação de estado nutricional em gramíneas forrageiras, devem-se coletar as duas folhas mais novas completamente expandidas (folhas que apresentam lígula exposta; Figura 1) (Monteiro, 2005).
Tendo definido a parte da planta a ser amostrada, é preciso acondicionar o material e enviá-lo a um laboratório idôneo para análise. Uma vez de posse dos resultados, o técnico ou produtor deve consultar uma tabela de interpretação para determinar qual o estado nutricional das plantas analisadas. A montagem destas tabelas exige um grande esforço de pesquisa e a reunião de resultados em bancos de dados.
Monteiro (2005) reuniu informações de diversos experimentos que utilizaram as duas folhas mais novas completamente expandidas como folhas diagnósticos e apresentou uma tabela de interpretação de estado nutricional para quatro gramíneas forrageiras (Tabela 1).
Tabela 1. Níveis críticos de N, P e K nas lâminas de folhas recém-expandidas de capim-braquiária, capim-marandu, capim-mombaça e capim-tanzânia.
Referências:
Monteiro, F. A. Amostragem de solo e de planta para fins de análises químicas: métodos e interpretação de resultados. In: Simpósio sobre Manejo da Pastagem, 22, 2005, Piracicaba, SP, Anais. Piracicaba: FEALQ, 2005.