Na Bahia a VI Exporural, que este ano ganhou certificação nacional concedida pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), alcançou os dois objetivos principais, segundo organizadores e criadores: a realização de negócios em torno de R$ 16 milhões, o que confirmou as expectativas, e a participação de animais de alta qualidade genética, expostos não só por produtores baianos como de outros Estados. Este ano, ela contou com um reforço a mais: a realização da 11a Exposição Nacional das Raças Simental e Simbrasil, que reuniu cerca de 500 animais.
Segundo o presidente da Associação Baiana dos Criadores de Cavalo, (ABCC), João Américo, o evento cumpriu integralmente seus objetivos, entre eles o de promover um intercâmbio cada vez maior no segmento do agronegócio brasileiro. O evento reuniu, durante nove dias, cerca de 6.500 animais de médio e grandes portes das raças bovinas, eqüinas, ovinas e caprinas, bubalinas, além de avestruzes e centenas de animais de pequeno porte, sobretudo, aves.
Cerca de 520 expositores participaram do evento. Mas as grandes atrações foram os leilões, um total de 21, e os julgamentos dos melhores de cada raça. Pelo Parque de Exposições passaram cerca de 300 mil pessoas, entre criadores, peões e visitantes que contaram com uma grade de 47 shows, além de dois megashows, realizados nos sábados.
Leilões
Os leilões foram as grandes atrações, pelo menos entre criadores e potenciais compradores. Os valores alcançados pelos animais e a disputa acirrada foram um indicativo de que as vendas devem atingir as previsões dos organizadores, ou seja, algo em torno de R$ 4 milhões. O volume de negócios esperado para toda a exposição, R$ 16 milhões, inclui, além dos leilões, as vendas diretas de animais expostos, insumos, máquinas e equipamentos.
Alguns recordes foram batidos, como o de uma bezerra da raça Nelore, de propriedade de Francisco Neto Andrade, arrematada pelo valor de R$ 9,4 mil, o primeiro recorde registrado no evento.
No leilão Elite do Leite, Girolando e Guzolando, a média ficou em torno de R$ 1 mil, por animal, com alguns alcançando o preço de R$ 1,6 mil. Os valores mais altos, por animal, até a noite de sexta-feira, foram do leilão de gado da raça Nelore. A média registrada no IV Leilão Nelore Precoce para as fêmeas, ficou em R$ 4 mil, enquanto os machos oscilaram em torno de R$ 2,7 mil.
Dos leilões bovinos, os mais disputados pelos criadores foram os das raças Nelore e Simental e Simbrasil, em razão da qualidade genética dos animais leiloados. O Limousin chegou a alcançar uma média de R$ 2.864, sendo vendidos 35 animais.
Fonte: A Tarde/BA, adaptado por Equipe BeefPoint