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Bahia encerra vacinação no domingo

Faltando três dias para o término da 2a etapa da campanha de vacinação contra febre aftosa 2003, a Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) mantém a expectativa de alcançar índice de cobertura vacinal superior ao percentual de 93,4% registrado na primeira fase da campanha deste ano.

Com um rebanho bovino estimado em 9,5 milhões de cabeças, o Estado permanece como zona livre da aftosa com vacinação desde janeiro de 2001 e é o único do Nordeste a manter a imunidade. O diretor da Adab, Luciano Figueiredo, lembrou que em maio o estado obteve a certificação internacional pela OIE (Organização Internacional de Epizootias). “Vamos intensificar a fiscalização, como garantia de manter a imunização e atingir novo patamar em todo o território baiano”.

O Sindan (Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal), que, em parceria com o Mapa (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento), faz o controle de qualidade e selagem das doses produzidas, confirmou a aquisição de 8,5 milhões de doses pelo Estado. “Nosso estoque deve estar em torno de um milhão de doses, que cobre a meta de dispor de vacinas para todo o plantel”, ratificou o diretor de defesa sanitária da agência, Iran Ferrão.

Ele destacou que 80% das doses adquiridas foram comercializadas pelos 600 revendedores cadastrados no Estado.

A vacinação começou por municípios de forte vocação pecuária, como Feira de Santana, que imunizou 90% do rebanho de 900 mil cabeças na primeira etapa da campanha este ano. A Coordenadoria Regional da Adab da região abrange 56 municípios e cerca de 27.550 propriedades rurais.

O município de Paulo Afonso, região que contabiliza 115,5 mil bovinos, foi um dos visitados nesta semana por Figueiredo e pelo diretor de Pecuária da Seagri (Secretaria da Agricultura), Luiz Rebouças. Eles lembraram que, apesar dos problemas climáticos vividos pela região, os pecuaristas devem manter a vacinação.

Na região de Juazeiro, a divulgação da campanha foi na Fazenda Estância. O rebanho local está em torno de 400 mil animais e o diretor da Seagri lembrou que a área, na fronteira estadual, é estratégica para evitar a contaminação. “As barreiras mundiais deixaram de ser econômicas, são sanitárias. Para alcançar o mercado internacional devemos manter segurança na sanidade, tarefa difícil, pois estamos próximos a estados dentro da zona de risco desconhecido”, reforçou.

Pelo Programa Nacional de Erradicação da Aftosa, que prevê duas etapas anuais de vacinação, a campanha, que encerra domingo, fecha o calendário deste ano.

Fonte: Gazeta Mercantil (por Alvaro Figueiredo), adaptado por Equipe BeefPoint

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