Com um rebanho bovino de, aproximadamente, 10 milhões de cabeças e assumindo a posição de maior produtor nacional de caprinos, a Bahia está prestes a ganhar um centro de excelência em produção animal. Para viabilizar a instalação do órgão, o governador Otto Alencar assina no dia 25, um termo de cooperação técnica e científica com instituições da Região Valã, na Bélgica, cujo investimento será de 122.397 euros. O governo do Estado alocará R$ 560 mil.
Cabe ao Estado garantir a infra-estrutura necessária à instalação do Centro de Excelência. Impostos e taxas exigidos pela legislação brasileira para implantação do projeto serão assumidos pelo governo baiano, assim como as instituições belgas se responsabilizarão por encargos cobrados naquele país.
O objetivo é a criação do Centro de Excelência em Produção Animal do Estado da Bahia para a troca de experiência técnica e científica entre as partes. Através do órgão, pesquisadores baianos e belgas irão realizar, implantar e avaliar pesquisas no segmento pecuário baseadas nas realidades da Bahia e da região Valã.
O acordo prevê a participação da iniciativa privada, contanto que sejam respeitadas as condições definidas no termo de cooperação técnica.
Produtores querem fortalecer pecuária baiana
Discussões sobre o fortalecimento da pecuária baiana com vistas a alcançar o mercado externo dominam o cenário da criação de novilho precoce no extremo sul do Estado e, para incrementar a atividade, os produtores da região promoveram um curso de rastreabilidade na última semana. As associações de criadores de Eunápolis, Itapetinga e Teixeira de Freitas obtiveram ainda informações sobre o Núcleo Novilho Precoce de Minas Gerais e seus avanços.
O núcleo mineiro de novilho precoce é formado por 150 produtores, totalizando 200 mil cabeças. Na Bahia, somente em Eunápolis, são 160 mil cabeças para 50 produtores. “Se compararmos os números, fica evidente a força da Bahia. Temos volume e qualidade para impulsionar o produto”, salientou o diretor de pecuária da Secretaria da Agricultura (Seagri), Luiz Rebouças.
Entre os avanços do grupo mineiro, os pecuaristas baianos observaram a colocação da carne nas grandes redes de supermercados do País, a questão do rótulo do produto e a cadeia de frigoríficos. Na avaliação de Rebouças, há uma necessidade de estruturação da cadeia produtiva da carne na Bahia, como forma de impulsionar o desenvolvimento do setor.
Ele explicou que o Estado vive um momento muito favorável ao crescimento da atividade pecuária, com a certificação internacional de zona livre de aftosa, e os núcleos baianos de novilho precoce podem alcançar o patamar mineiro, criando uma marca própria e promovendo um marketing específico.
Fonte: A Tarde/BA, adaptado por Equipe BeefPoint