Baixa renda diminui o consumo de produtos básicos

Produtos básicos como leite, carne bovina, óleos vegetais e feijão estão fora da lista de compra dos brasileiros de menor poder aquisitivo. Com o aumento médio de 9% nos preços dos itens básicos no primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período do ano passado, 880 mil lares deixaram de levar para casa produtos que compõem as cestas básicas de alimentação, higiene e limpeza entre janeiro e abril, revela estudo da LatinPanel.

Produtos básicos como leite, carne bovina, óleos vegetais e feijão estão fora da lista de compra dos brasileiros de menor poder aquisitivo. Com o aumento médio de 9% nos preços dos itens básicos no primeiro quadrimestre deste ano em relação a igual período do ano passado, 880 mil lares deixaram de levar para casa produtos que compõem as cestas básicas de alimentação, higiene e limpeza entre janeiro e abril, revela estudo da LatinPanel.

“E cerca de 42% dos lares que cortaram compras de produtos básicos pertencem às camadas de menor poder aquisitivo, as classes D e E”, destaca a gerente de Atendimento da empresa de pesquisa, Veronica Amorim. Ela observa que os pobres foram os que mais sentiram o peso da inflação no orçamento. Das 65 categorias de produtos pesquisados para as cestas das classes D e E, 34 tiveram altas de preços superiores à inflação no período.

Uma consumidora entrevistada disse que o leite, que era consumido diariamente, hoje freqüenta a mesa do café da manhã apenas de duas a três vezes por semana. A pesquisa da LatinPanel aponta o leite como o item da cesta de alimentos básicos que mais subiu. Entre janeiro de 2007 e abril deste ano, a alta acumulada é de 37%.

Veronica observa que os consumidores optaram por cortar os itens que mais aumentaram de preço porque têm parcela importante do orçamento comprometida com gastos obrigatórios, isto é, que não podem ser eliminados. Nesse rol estão as despesas com habitação, água, luz, transporte, entre outras. Nas suas contas, esses gastos consomem 38% do orçamento familiar.

Veronica observa que o resultado da pesquisa não entra em choque com os dados do IBGE, que apontam expansão nas vendas dos supermercados em maio. Ela observa que mais de 60% dos produtos que entram nos 45 milhões de lares brasileiros são adquiridos fora das grandes redes varejistas.

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