A balança comercial registrou superávit de US$ 918 milhões na segunda semana de dezembro, resultado de exportações no valor de US$ 4,564 bilhões e importações de US$ 3,645 bilhões, informou o Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic) em comunicado nesta segunda-feira (17).
No mês, as exportações já somam US$ 10,101 bilhões e as importações, US$ 7,294 bilhões, com saldo positivo de US$ 2,807 bilhões. No ano, as exportações somam US$ 230,068 bilhões e as importações, US$ 175,603 bilhões, com saldo positivo de US$ 54,466 bilhões.
A média diária das exportações da segunda semana chegou a US$ 912,7 milhões, 17,6% abaixo da média de US$ 1,107 bilhão até a 1a semana, em razão da diminuição nas exportações das três categorias de produtos: manufaturados (-24,7%, de US$ 408,5 milhões para US$ 307,7 milhões, em razão, principalmente, de aviões, suco de laranja congelado, bombas, compressores e ventiladores, produtos hortícolas preparados, suco de laranja não congelado, gasolina); semimanufaturados (-24,1%, de US$ 170,9 milhões para US$ 129,8 milhões, em razão de celulose, açúcar em bruto, ferro fundido, ouro em formas semimanufaturadas, madeira serrada ou fendida, ferro-ligas) e básicos (-10,0%, de US$ 528,0 milhões para US$ 475,3 milhões, por conta de farelo de soja, algodão em bruto, minério de cobre, petróleo em bruto, carne de frango, milho em grão).
Do lado das importações, apontou-se queda de 0,7%, sobre igual período comparativo (média da 2a semana, US$ 729,1 milhões sobre a média até a 1a semana, US$ 729,8 milhões), explicado, principalmente, pela diminuição nos gastos com adubos e fertilizantes, equipamentos eletroeletrônicos, equipamentos mecânicos, siderúrgicos e alumínio e obras.
Nas exportações, comparadas as médias até a 2a semana de dezembro/2018 (US$ 1,010 bilhão) com a de dezembro/2017 (US$ 879,8 milhões), houve crescimento de 14,8%, em razão do aumento nas vendas de produtos básicos (+37,9%, de US$ 363,7 milhões para US$ 501,6 milhões, por conta, principalmente, de soja em grãos, farelo de soja, milho em grãos, algodão em bruto, minério de ferro, café em grão) e semimanufaturados (+14,5%, de US$ 131,2 milhões para US$ 150,3 milhões, por conta, principalmente, de celulose, ferro-ligas, ferro fundido, semimanufaturados de ferro/aço, ligas de alumínio em bruto, madeira serrada ou fendida).
Por outro lado, caíram as vendas de produtos manufaturados (-1,7%, de US$ 364,1 milhões para US$ 358,1 milhões, por conta de automóveis de passageiros, açúcar refinado, óleos combustíveis, óxidos e hidróxidos de alumínio, torneiras, válvulas e partes, tratores).
Relativamente a novembro/2018, houve retração de 3,4%, em virtude da queda nas vendas de produtos manufaturados (-15,4%, de US$ 423,3 milhões para US$ 358,1 milhões), enquanto cresceram as vendas de produtos semimanufaturados (+14,2%, de US$ 131,7 milhões para US$ 150,3 milhões) e básicos (+2,2%, de US$ 490,8 milhões para US$ 501,6 milhões).
Nas importações, a média diária até a 2a semana de dezembro/2018, de US$ 729,4 milhões, ficou 15,8% acima da média de dezembro/2017 (US$ 629,9 milhões).
Nesse comparativo, aumentaram os gastos, principalmente, com adubos e fertilizantes (+66,2%), químicos orgânicos e inorgânicos (+40,1%), siderúrgicos (+33,5%), combustíveis e lubrificantes (+19,3%) e plásticos e obras (+17,6%).
Ante novembro/2018, registrou-se queda de 13,5%, pela diminuição nas compras de veículos automóveis e partes (-22,9%), borracha e obras (-12,3%), equipamentos eletroeletrônicos (-10,1%), plásticos e obras (-9,3%) e equipamentos mecânicos (-4,0%).
Fonte: Valor Econômico.