Após apresentar redução em 2007, novamente o rebanho bovino de Rondônia voltou a crescer em 2008, totalizando 11,182 milhões de cabeças na última campanha de vacinação de novembro. O crescimento foi de 1,5% no período. Mantida as atuais técnicas de produção, a expectativa é que o rebanho permaneça estabilizado entorno de 11 milhões de cabeças.
Após apresentar redução em 2007, novamente o rebanho bovino de Rondônia voltou a crescer em 2008, totalizando 11,182 milhões de cabeças na última campanha de vacinação de novembro. O crescimento foi de 1,5% no período. Mantida as atuais técnicas de produção, a expectativa é que o rebanho permaneça estabilizado entorno de 11 milhões de cabeças.
O abate em 2008 alcançou 1,861 milhões de cabeças, sendo 46% de fêmeas e 54% de machos. A redução do percentual de fêmeas abatidas em relação aos anos anteriores e a menor oferta de animais, marcou o fim do ciclo de baixa, cenário que se repetiu em todo o país, permitindo a recuperação nos preços da @. Contudo, é incerto que este ciclo de menor oferta garanta preços firmes da @, uma vez que se assiste importante redução nas exportações, resultado da crise internacional.
A principal mudança que se observa na pecuária rondoniense é a crescente ampliação do número de frigoríficos e da capacidade de abate instalada. Até 2006, a capacidade de abate estava ajustada à oferta de animais, quando as indústrias vinham operando com menos de 10% de ociosidade. Considerando as indústrias previstas para entrar em operação este ano, a expectativa é que a capacidade de abate atinja 5 milhões de cabeças, contra oferta potencial de animais de 2 milhões de cabeças. As indústrias deverão operar ocupando em média somente 40% da capacidade instalada, portanto, o cenário agora é mais favorável ao produtor, que passa a ter inúmeras alternativas para a venda do produto.
Com relação à taxa de natalidade, após longo período de queda, em 2008 houve recuperação no índice, alcançando 60%, porém ainda abaixo dos 70% que se observava no início da década. Como resultado desta menor natalidade, estima-se que somente em 2008, deixaram de nascer 492 mil cabeças. No período analisado, já são mais de 2 milhões de cabeças que deixaram de ser produzidas, perda de mais de R$ 2,0 bilhões para o setor.
Será necessário que o produtor busque novas tecnologias de manejo animal e de pastagem, como forma de garantir maior produtividade. Também terá que se adequar às exigências ambientais de recuperação de matas ciliares e de reservas obrigatórias. Há, portanto, pressão para a redução das áreas de pastagem, que também sofrem competição com a agricultura. Diferente do que ocorreu no passado, quando o aumento da produção vinha acompanhado da abertura de novas áreas, o caminho agora é o da tecnificação, elevando a produção por hectare ocupado.
0 Comments
Poxa muito interessante este artigo, mostrando a atual situação da pecuária naqueele estado, algo que deveria ser mostrado frequentemente dos principais berços da pecuária de corte deste País, estimulando a migração de extensionistas e técnicos para essas regiões.
Parabéns ao Sr. Oberdan e ao Sr. Alexandre pelo artigo.