Bancada ruralista quer novas leis para sanidade

Hoje, a bancada ruralista do Congresso reúne-se para discutir a elaboração de um regulamento que cria o "Sistema Sanitário Brasileiro". A proposta é que o país tenha leis próprias sobre sanidade, sem precisar criar instruções normativas que se adaptem às exigências estrangeiras.

Hoje, a bancada ruralista do Congresso reúne-se para discutir a elaboração de um regulamento que cria o “Sistema Sanitário Brasileiro”. A proposta é que o país tenha leis próprias sobre sanidade, sem precisar criar instruções normativas que se adaptem às exigências estrangeiras.

“Queremos definir regras e critérios para não ficarmos dependentes da legislação européia”, justificou o deputado Ronaldo Caiado. Para o parlamentar, a Instrução Normativa 17, que criou o sistema Estabelecimentos Rurais Aprovados no Sisbov (Eras), é fruto da pressão européia e não das necessidades do setor. As informações são de Neila Baldi, do jornal Gazeta Mercantil.

Comentário BeefPoint: A “dependência” da UE (ou de outros) países sempre vai existir se desejarmos exportar. Os atuais problemas com a UE são originados de negociações frágeis e não cumprimento do prometido. Como disse o ministro Stephanes no início do mês: “É claro que o Brasil tem alguma culpa nisso. Ou por aceitar algumas negociações que não tinha condições de cumprir ou até por não ter cumprido questões que, muitas vezes, poderia ter cumprido”.

0 Comments

  1. JOSE ILTON CLAUDINO disse:

    Boa tarde, estou de pleno acordo com Caiado, acima de tudo temos que olhar para o nosso mercado, não depender somente de outros países. Aqui em Santa Catarina estamos também na contra mão, um estado que depende de seu abastecimento em torno de 60% de outros estados, ainda temos leis internas respaldadas nas externas, que temos que trazer carcaças bovinas a 3000km, sendo que temos bem próximo de nosso estado várias formas de nos abastecer, mas sem comentários. Até quando?

  2. Luiz Ribeiro Villela disse:

    Caro Miguel,

    Discordo do comentário BeefPoint.

    O Brasil pode e deve apresentar e comprovar a sanidade de seus rebanhos.

    Não devemos insistir em seguir o caminho caro e trabalhoso da burocracia e da infindável papelada, que acaba se voltando contra nós mesmos, pois aí o objetivo é apenas de entrave comercial, onde sempre acharão pelo em ovo.

  3. Roberval Junqueira Franco disse:

    Epero que façam um programa de controle de qualidade da cadeia de produção da carne brasileira que seja entendido e executado com facilidade por todos os pecuaristas.

    Que não seja como este “novo sisbov”, uma excrecencia que poucos produtores rurais tinham condições de aplicar em suas fazendas.

    O “novo sisbov”, além de caro, previlegiava as rastreadoras, os fabricantes de brinco e, não gratificava o produtor.

    Espero que esta bancada ruralista justifique a sua criação e faça alguma coisa boa para o pecuarista.

    Ronaldo Caiado, volte aos seus bons tempos de liderança e nos dê novamente a esperança de lucros na atividade pecuaria.

  4. Jorge Humberto Toldo disse:

    É o que gente vem falando a muito tempo. O Deputado Caiado tem toda a razão, se formos seguir exigências internacionais teremos de criar uma “IN 17” para cada país… isso é absolutamente impraticável.
    Temos que certificar nossas propriedades dentro de determinados padrões sanitários que atendam de modo geral a maioria dos países compradores de carne do Brasil, cada produtor contrata seu R.T. para certificar sua propriedade (acabam as certificadoras) e pronto, o Brasil vende carne dessa forma quer – quer, não quer tem quem quer…
    Todos comprarão até porque vai ficar muito mais claro e transparente o sistema. Mas pelo amor de Deus não inventem coisa pior que o SISBOV!!!

  5. Nagato Nakashima disse:

    Não é mais uma lei que vai resolver os problemas e sim aplicação correta das legislações existentes. Pode ser que consolidar todas as leis, decretos, instruções normativas, portarias etc… em Consolidação das Leis da Sanidade Agropecuária para mais tarde quem sabe o Código Sanitário Agropecuário Brasileiro, como meio de facilitar a aplicabilidade.

Mercados Futuros – 20/02/08
20 de fevereiro de 2008
Oferta curta mantém preços firmes e reflexos do embargo ainda não são sentidos pelos produtores
22 de fevereiro de 2008