Mesmo com as medidas do governo para conter a oferta de crédito, a JBS ainda vê potencial para dobrar a carteira de ativos da instituição financeira resultante da fusão entre seu banco e o gaúcho Matone.
Mesmo com as medidas do governo para conter a oferta de crédito, a JBS ainda vê potencial para dobrar a carteira de ativos da instituição financeira resultante da fusão entre seu banco e o gaúcho Matone.
O negócio foi anunciado em março e criou uma instituição financeira com um patrimônio líquido de aproximadamente R$ 600 milhões e ativos de R$ 2,5 bilhões.
Segundo o presidente do conselho de administração da JBS, Joesley Mendonça Batista, esse volume poderá crescer em mais R$ 2,5 bilhões, incluindo empréstimos à pecuária, foco do banco da JBS, e crédito consignado, que corresponde à principal atividade do Matone.
Até o fim do ano que vem, o grupo vê a viabilidade de expandir a carteira em aproximadamente R$ 2 bilhões, comentou Joesley, que também preside a J&F, holding que controla o frigorífico e desenvolve os negócios do grupo em outros segmentos.
De acordo com o executivo, o mercado de crédito ainda tem grande espaço para crescimento, dado o seu desenvolvimento baixo proporcionalmente ao tamanho da economia. Ele ainda comentou que o grupo não pensa em novas aquisições neste momento. “Não devemos fazer um movimento (de aquisição) neste ano, nem provavelmente no ano que vem”.
O presidente do conselho da JBS também comentou que vê uma tendência de continuidade no aumento do preço da carne bovina em todo o mundo, na esteira de uma diminuição do rebanho. No entanto, ele evitou traçar projeções sobre a magnitude do avanço de preços.
A matéria é de Eduardo Laguna, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.