Às vésperas de completar dois anos em julho, ainda com uma base pequena de clientes, o Banco JBS avalia que, com folga, dobrará os empréstimos aos seus fornecedores até 2012, afirmou o presidente da instituição, Emerson Loureiro, nesta segunda-feira.
Às vésperas de completar dois anos em julho, ainda com uma base pequena de clientes, o Banco JBS avalia que, com folga, dobrará os empréstimos aos seus fornecedores até 2012, afirmou o presidente da instituição nesta segunda-feira.
Controlado pelo maior frigorífico de bovinos do mundo, o banco tem atualmente uma carteira de cerca de R$ 230 milhões, já tendo mais que duplicado seus empréstimos na comparação com 2009 (R$ 86 milhões).
Para 2011, a instituição quer emprestar R$ 350 milhões, e para 2012, o objetivo é chegar a R$ 450 milhões, segundo o presidente do Banco JBS, Emerson Loureiro. “São planos realistas. Temos um número ainda bastante reduzido de clientes, a proposta do banco é financiar os fornecedores de insumos do frigorífico, que abate (o equivalente a) R$ 7 bilhões por ano (no Brasil)”, declarou Loureiro, referindo-se ao valor aproximado da matéria-prima adquirida pelo grupo.
O banco, que só faz operações com pecuaristas que se comprometem a abater no JBS, aposta no forte fluxo da empresa, que compra cerca de 600 mil cabeças de gado por mês no país, ressaltou o executivo.
Ele observou que o “grande filão” do banco é a compra de Cédula de Produto Rural (CPR), emitida pelo criador para assegurar a antecipação de recursos. O pagamento dos empréstimos é feito depois com o próprio boi entregue ao JBS.
“Eles emitem e nós compramos, a gente julga que o setor bancário tem uma grande dificuldade de alocar risco no setor, o agronegócio é misturado com a pecuária e agricultura, e bancos se sentem mais seguros em financiar os grãos do que efetivamente os frigoríficos”, explicou. “Então atuamos em um nicho que é mal compreendido, e acreditamos ter o conhecimento para atuar no setor.”
Ganhando força no Brasil, o Banco JBS poderia seguir o mesmo caminho de internacionalização da empresa, que em poucos anos passou a contar com operações produtivas na Argentina, nos Estados Unidos e na Austrália, disse o executivo ao ser questionado sobre planos para o exterior. “O banco é um modelo que estamos aprendendo e não descartamos replicá-lo em outros países, poderia ser na Argentina, Austrália, Itália, Estados Unidos. É possível sim”, declarou.
“É um jogo em que as três pontas podem ganhar: o banco, que vai emprestar para alguém que vai ter oportunidade de diluir custos fixos e que também vai acabar ganhando mais dinheiro. E a empresa, que teria a oferta de determinado número de bois, que vai ter oferta aumentada”, disse ele, lembrando da forte concorrência entre os frigoríficos.
A instituição também oferece opções para investidores, conforme explicou o presidente. “O banco tem esse lado dos empréstimos, mas o balanço dele é formado pelos dois lados, o ativo e o passivo. E do ponto de vista do passivo, a gente tem produtos interessantes de captação. Uma vez que financiamos o agronegócio, temos produtos isentos de impostos, são produtos imbatíveis na concorrência com qualquer fundo multimercado.”
A matéria é de Roberto Samora, publicada no jornal O Estado de S.Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Os caminhos que a antiga casa de carnes sediada em Anápolis GO trilhou para alcançar o sucesso, deve ser um exemplo a ser seguido pelos novos empreendedores. INSPIRAÇÃO PARA A CRIATIVIDADE E TRANSPIRAÇÃO NO TRABALHO foi o caminho escolhido pelo JBS. Quem souber produzir e vender alimentos, certamente terá um futuro garantido e para um homem empreendedor, corajoso, destemido, de visão e sério como o Senhor José Batista Sobrinho, o limite é a mesa dos povos espalhados pelo mundo.
Quanto ao Banco, só o JBS pode entender a enhenhozidade do agronegócio brasileiro. Se somos o maior em vários segmentos da cadeia alimenntar, principalmente em proteina animal, porque não ter uma instituição bancária que entende a necessidade de quem produz a materia prima. Parabéns a esse Grupo que orgulha nós brasileiros.
Atenciosamente
Ozeias Soares
Prabens ao JBS pelo sucesso, transparencia e pelo empenho de formar parceria com os pecuaristas fornecedores; porem ainda vão ter que melhorar o juros embutido em suas propostas que hoje é em torno de 2% ao mes, e o ideal seria no maximo 1%; e direcionar os financiamentos diretamente aos pecuaristas para não colocar fornecedores de insumos no meio do negocio; Tb olhar cada fazenda separadamente pois umas precisam melhorar a infraestrutura interna, outras pagar contas de custeio anual, outras comprar ração, cada um cada um.