Em três anos, pretende se tornar o maior banco privado do agronegócio brasileiro, com uma carteira de crédito de R$ 3 bilhões voltada ao segmento, ante os R$ 600 milhões atuais, sobretudo a partir da diversificação de seus empréstimos para além da pecuária.
Após um curto período mais focado no varejo, o Banco Original, do grupo J&F – holding que também controla a JBS -, decidiu concentrar suas atividades no agronegócio. Com capital de R$ 2 bilhões, a instituição traçou metas ambiciosas nesse sentido. Em três anos, pretende se tornar o maior banco privado do agronegócio brasileiro, com uma carteira de crédito de R$ 3 bilhões voltada ao segmento, ante os R$ 600 milhões atuais, sobretudo a partir da diversificação de seus empréstimos para além da pecuária.
Criado em 2008 para financiar a cadeia de fornecedores dos frigoríficos da JBS, o Original ainda tem 85% de sua carteira no setor de agronegócios formada na pecuária. “Mas essa participação deve cair para 50% nos próximos três anos”, diz o diretor comercial do banco, José Marinho. Isso não significa que as operações com pecuaristas serão deixadas de lado, mas que as culturas agrícolas tendem a ganhar mais espaço, com destaque para soja, milho, cana, algodão, café e eucalipto.
Ainda assim, pontua Marinho, a pecuária permanecerá fundamental para a instituição. “A pecuária também vai crescer nesses anos, mas em ritmo inferior à agricultura”, afirmou. Hoje, calcula, a carteira “agrícola” da instituição é de R$ 90 milhões. E a referência para a expansão nesta frente é a própria estrutura já consolidada das operações destinadas aos pecuaristas.
Nessas operações, o banco costuma antecipar as receitas que o criador teria na venda do boi gordo para o frigorífico, que se compromete a efetuar o pagamento da matéria-prima adquirida na conta desse fornecedor no Original.
Fonte: Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.