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Barbalho prevê retomada rápida das vendas para China

O governador do Pará, Helder Barbalho (MDB), disse ontem ao Valor acreditar que os resultados do laboratório canadense, aguardados para esta semana, deverão confirmar que o caso do “mal da vaca louca” identificado em um bovino em Marabá (PA) é um episódio atípico. Helder avalia que até o final de março as exportações de carne brasileira para os chineses terão sido reativadas. Mas ele admite impacto no mercado local.

No dia 22, a doença da “vaca louca” foi identificada em um bovino macho de 9 anos de idade de uma propriedade no Pará. Após duas confirmações no Brasil, amostras do animal foram enviadas ao National Centre for Animal Disease/Canadian Food Inspection Agency (NCAD/CFIA), no Canadá, laboratório de referência da Organização Mundial de Saúde Animal (OMSA). Os canadenses confirmarão tratar-se de um episódio atípico ou de um caso clássico.

O Brasil embargou as exportações para a China, como prevê um acordo entre os dois países em episódios desse tipo. Cabe a China escolher quando volta a comprar carne brasileira. Helder afirma que “todos os cenários levam a um caso absolutamente isolado”.

O país é reconhecido, desde 2012, como de risco insignificante para a doença. A se confirmar tratar-se de um caso atípico, Helder acredita que, até o fim de março, coincidindo com a viagem do presidente Lula à China, as exportações da carne bovina brasileira ao país estarão normalizadas. A China é o maior comprador de carne bovina do país. Em 2022, absorveu 53,3% do volume de embarques, e 60,9% da receita consolidada.

Ele admite, entretanto, um impacto no comércio da carne local. “Estamos falando de uma restrição do mercado chinês, portanto, é uma categoria específica. Mas este mercado chinês incrementa a oferta [de carne] no mercado local, então, deve haver uma redução do preço”, avaliou.

O governador elogiou a forma como o Ministério da Agricultura e Pecuária procedeu nesse episódio e disse que a postura “demonstra que o Brasil é um país sério no cumprimento de suas regras”.

Fonte: Valor Econômico.

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