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Barreiras externas à carne do Brasil devem ter fôlego curto

A Operação Carne Fraca já provocou um desastre sobre a imagem das carnes do Brasil. Deu, aliás, muita munição para os concorrentes do país. Essa crise, porém, deverá ter vida bem mais curta do que as anteriores.

A presença do país no exterior é tão importante que, apesar das reações iniciais, os países importadores não têm muito poder de manobra na compra de proteínas fora do mercado brasileiro.

É claro que os importadores vão utilizar lupas ainda mais potentes para verificar a qualidade do produto do Brasil. E a indústria brasileira não pode errar daqui para a frente. Não é preciso apenas dizer que tem qualidade, mas terá de provar e manter essa qualidade.

Por que a pressão dos importadores pode não durar tanto? Primeiro, a demanda internacional por proteínas está elevada. Prova disso é a intensa aceleração dos preços externos.

O Brasil continua sendo o principal fornecedor mundial de carne bovina. Mas a presença forte do país no fornecimento dessa proteína nos anos recentes pode diminuir nos próximos.

O rebanho dos Estados Unidos e o da Argentina, grandes concorrentes do Brasil, recompõem-se. Mas eles deverão participar mais efetivamente do mercado mundial só em alguns anos.

O rebanho dos Estados Unidos, que, em 2014, era de 88 milhões de cabeças, deverá atingir pelo menos 93 milhões neste ano.

Os argentinos, com a mudança de governo e a redução das amaras governamentais sobre o setor, provavelmente conseguirão elevar o rebanho para 54 milhões de cabeças de gado neste ano. Em 2012, eram 49 milhões.

Fonte: Folha de São Paulo, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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