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BB-BI: exportação e preço alto favorecem carne bovina

Depois de bater recorde na exportação em setembro, a indústria de carne bovina tende a seguir com margens de lucro positivas, ainda beneficiadas pela demanda externa e também por preços médios mais altos no Brasil. Além disso, com a proximidade das festividades de fim de ano, o consumo no mercado doméstico deve melhorar.

Em contrapartida, nos setores de aves e suínos o cenário é de margens pressionadas pela queda nos embarques e custos elevados, seja por causa da tabela de fretes ou pelos valores dos grãos utilizados na ração. A análise foi divulgada em relatório do BB Investimentos, nesta quarta-feira, assinado pela analista sênior Luciana Carvalho.

Em setembro, as exportações de carne bovina atingiram o novo pico de 150,7 mil toneladas, aumento de 35% na variação anual e de 17% no comparativo mensal, segundo dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC). China e Egito contribuíram significativamente para esse resultado positivo. Com base nas informações do MDIC, Luciana destaca que esses países impulsionaram a demanda em aproximadamente 50% e 25%, respectivamente, no comparativo anual.

“A carne bovina brasileira se tornou mais competitiva devido à valorização do dólar, que não apenas induziu volumes, mas também pressionou os preços médios em dólar para baixo, como notamos pelo segundo mês consecutivo. Também destacamos como positivos os preços domésticos, que permaneceram em tendência ascendente e cresceram 2% ante o ano anterior”, ressaltou o documento do BB. Depois da greve dos caminhoneiros em junho, os preços da proteína subiram e, mesmo após apresentar uma leve redução, ainda estão em patamares mais elevados.

No mercado físico, a analista observa um aumento contínuo das cotações do boi gordo. “Como resultado de uma oferta limitada de gado e exportações em um ritmo mais acelerado, que compensou o ainda fraco consumo doméstico, a arroba subiu para R$ 150, em média, uma alta de 3% na variação mensal”, explica o relatório. Ainda assim, “em nossa visão, a margem pode continuar sendo beneficiada pelas exportações e preços médios mais altos no Brasil”, estima a especialista.

Fonte: Estadão, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

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