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BB e JBS firmam convênio para financiar pecuaristas

O Banco do Brasil, o grupo JBS e o banco JBS firmam um convênio de R$ 10 milhões, cujo objetivo é financiar investimentos em infraestrutura para pecuaristas fornecedores do frigorífico. Pelo convênio, o Banco do Brasil vai disponibilizar os recursos e o banco JBS será o avalista das operações de empréstimos.

O Banco do Brasil, o grupo JBS e o banco JBS firmam um convênio de R$ 10 milhões, cujo objetivo é financiar investimentos em infraestrutura para pecuaristas fornecedores do frigorífico. A operação faz parte do BB Convir – Convênio de Integração Rural da instituição financeira.

Pelo convênio, que tem duração de dois anos com a possibilidade de prorrogação por mais dois, o Banco do Brasil vai disponibilizar os recursos e o banco JBS será o avalista das operações de empréstimos. São “elegíveis” para ter acesso aos recursos os pecuaristas que fornecem gado para abate nas unidades da JBS.

Emerson Loureiro, diretor-superintendente do banco JBS, disse que R$ 10 milhões é apenas uma “cifra inicial” e que a expectativa é ampliar o volume de recursos. Segundo ele, o fato de o banco JBS avalizar a operação de empréstimo agiliza os trâmites.

É a primeira vez que o BB Convir financia um projeto ligado à bovinocultura. Os recursos deverão ser utilizados para melhorar a infraestrutura das propriedades produtoras de gado. “Podem ser usados em reforma de pastagens, recuperação e construção de confinamentos e compras de máquinas”, observou Loureiro.

O gerente-executivo de agronegócios do Banco do Brasil, Luiz Antônio Corrêa da Silva, disse que ao “organizar a demanda”, o banco JBS vai dar mais agilidade para o crédito e mais segurança ao banco. Além disso, a JBS terá a garantia de que os recursos chegarão aos produtores.

Segundo Loureiro, com os recursos disponibilizados pelo BB, o banco JBS poderá oferecer aos pecuaristas crédito com “prazos mais longos e a taxas adequadas”. Atualmente, as linhas oferecidas no banco JBS têm prazo de seis a oito meses. Dentro do convênio com o BB, alcançarão um a três anos.

O convênio com o BB é mais uma forma de a JBS, a maior empresa de proteína animal do mundo, garantir a oferta de gado para abate, já que o financiamento está condicionado à entrega do gado. O instrumento também permite à JBS ter uma escala de abate mais estável. Depois da incorporação da Bertin, em setembro passado, o número de fornecedores da JBS chega a 30 mil. A capacidade de abate nas unidades é de 43,4 mil cabeças de gado por dia.

A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.

0 Comments

  1. paulo penajo goulart disse:

    isso faz com que o frigorifico ajuste e comande mais ainda a propriedade , pagando o preço que quer pois o produtor ja vai estar devendo para eles. vamos continuar cada vez mais na mao deles.

  2. Antonio Pereira Lima disse:

    Não posso acreditar que o pecuarísta para ter acesso ao BB precisa do aval do JBS,e mais,que o JBS vai organizar a demanda e assim vai agilizar o crédito,ora ,será que o Banco do Brasil precisa da ajuda de um banco que abriu ontem,principalmente no setor do agronegócio que é o seu forte?.Eu acho que as declarações do Sr Luiz Antonio Corrêa,gerente do agronegócio do BB,vai deixar os seus competentes colegas de banco com muita vergonha.
    Um abraço

  3. THIAGO S. AGUIAR disse:

    Amigo Paulo, não descordo de Você, todavia, não se pode levar ao pé da letra, vamos ser claros que essa espécie de negociata ja existe a um bom tempo na gricultura (As empresas de fertilizantes, e esmagadoras, financiam os produtores com aval) é sábido que alguns pecuaristas estão descapitalizados essa fonte lhe servira de subsidios para incremento de produção.

  4. joemilson guimaraes da conceição disse:

    Concordo parcialmente com o Paulo Penajo Goulart, e ele tem razão. Será isto apenas mais um instrumento de coerção dos frigoríficos ou os “bancos” financiadores acreditam demais no potencial dos pecuaristas? Fica sempre a dúvida. Quem se arrisca nesse empréstimo? A garantia dada pelo pecuarista para ter acesso a esse financiamento lhe dá a garantia de preços justos no final desse processo?
    Quem vai pagar pra ver?

  5. Márcio Gonçalves Coutinho disse:

    Acredito que para fornecedores do JBS, foi um grande ganho no sentido de linhas de creditos com taxas menores pelo fato de que os emprestimos tem como garantia o proprio boi. E um gigantesco passo para o grupo JBS no sentido de melhorar a infra-estrutura da cadeia produtiva participando mais de perto dos projetos que serão implantados nas propriedades e a melhoria do rebanho para abate e aumento da produtividade só posso encarar como sendo possitivo para o setor já que o pecuarista não sera refem de ninguem .

  6. Manoel Terra Verdi disse:

    Parabens ao JBS pela iniciativa. Esta intervensão atravez de seu banco pode agilisar recursos para o setor. Mas, mais uma vez demonstra ser uma empresa moderna que não fica esperando acontecer. Vai a luta e esta disposta a correr riscos junto com seus fornecedores. Só esperamos que o spreed a ser pago pelo seu aval seja nulo, ou simbólico, e não mais uma forma de ganhar dinheiro facil, que mostre que deseja ajudar a viabilisar a produção e não explora-la. E que este montante seja realmente só um ponto de partida.

  7. Rodrigo Belintani Swain disse:

    Já que o dinheiro de financiamento é facil para o JBS, nada melhor que ele repassar um pouco para seus fornecedores, e alem de ser um passo para incremento de produção e estabilidade de escalas vai gerar uma melhoria nos animais abatidos.

  8. Dabson Cardoso disse:

    É preciso um grupo privado tomar iniciativas para subsidiar a produção de carne no Brasil. Sendo assim o maior interesse desta impresa é ter o mercado em suas mãos; Agora se no fechamento do contrato de imprestimos e formalizar a forma de pagamento com boi gordo e travar o preço da @ no mercado futuro creio que possa ser um valvula de escape para os produtores.
    Mas bom seria se o gorverno olhase com outros olhos está classe produtoras, dando crédito para cada um vendo o potencial de cada propriedade onde faria o emprestimo visiando aumento de produção da propridade.