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BB estuda investimentos em empresas agropecuárias

O banco do Brasil deve começar a investir em empresas do agronegócio. Estas operações devem acontecer via crédito, fundos de private equity, dedicados à compra de participação em empresas, e participação no capital, explicou o diretor de Agronegócio do BB José Carlos Vaz.

O banco do Brasil deve começar a investir em empresas do agronegócio. Estas operações devem acontecer via crédito, fundos de private equity (dedicados à compra de participação em empresas) e participação no capital, explicou o diretor de Agronegócio do BB José Carlos Vaz, em reportagem do jornal Valor Econômico.

O novo foco segue uma tendência que vem se consolidando no agronegócio brasileiro, que é o o número cada vez maior de empresas que planejam abrir capital para captar recursos de fundos privados ou investidores diretos. “É um movimento conjugado com o crescente interesse de investidores pelo agronegócio brasileiro. Por isso, planejamos atuar nesse mercado”, disse Vaz.

O banco busca grandes empresas com o grupo Vanguarda, de Nova Mutum/MT, que negocia com bancos de investimento a participação no capital da empresa, que faturou R$ 365 milhões em 2007.

Outro grande produtor em Mato Grosso, o goiano Orcival Guimarães, dono de 32 mil hectares de soja, milho e algodão e 86 mil cabeças de gado na região de Lucas do Rio Verde e Sorriso, segue a mesma trilha. “Estamos testando uma empresa. Temos idéia de ter algo mais profissional para baixar custo do dinheiro. Já tivemos conversas com Credit Suisse e UBS Pactual, mas ainda são preliminares”.

Na renovada estratégia do BB, estão ainda medidas como garantias parciais na emissão de Cédulas do Produto Rural (CPRs), usadas para levantar recursos de custeio das safras, ou de Certificados de Direitos Creditórios do Agronegócio (CDCAs), emitidos por cooperativas e agroindústrias. Nesses casos, o banco estuda fazer a análise de risco e consistência dos títulos, para tentar atrair investidores.

O Banco do Brasil também estuda a atuação em fundos garantidores nos moldes da estrutura desenvolvida para o Fundo de Recebíveis do Agronegócio (FRA), onde produtores, indústrias e o próprio banco dividiriam os riscos da carteira.

Outra medida divulgada por José Carlos Vaz é que o BB irá começar a reduzir as taxas de juro do crédito rural para produtor que contratar seguro contra variação de preços (hedge) e seguro rural.

Com a sofisticação financeira dos produtores, o BB quer elevar a aposta na CPR, prejudicada pela crise de renda iniciada em 2004. Por meio das regras da chamada “poupança ponderada”, o banco poderia emprestar aos emissores de CPR até R$ 3 bilhões a juros mais baixos (de 8,5% a 14% ao ano), mesmo com recursos livres, cujas taxas não têm subsídios do Tesouro. No caso, os juros ficariam abaixo dos atuais 25% cobrados de CPRs.

0 Comments

  1. Adalberto Macedo disse:

    Essa é mais uma prova da importância e do peso que o Agronegócio possui para que o Brasil obtenha uma balança comercial positiva.

    São investimentos a longo prazo e com custo realmente acessível que vão poder promover a consolidação do Agronegócio no Brasil.

    Aliado a tudo isso devemos primar pela profissionalização das Agroindústrias que buscam profissionalizar seu quadro de colaboradores.

    Bem como o homem do campo que deve desenvolver uma base mais sólida, promovendo maior integração com as escolas técnicas, institutos governamentais focados no desenvolvimento agrícola e nas universidades.

    Pois somente de forma profissional poderemos crescer gerando uma sustentabilidade duradoura.

    Abraços.
    Sucesso a todos.

  2. Roberto Ferreira da Silva disse:

    Olá a todos, mais uma vez, uma iniciativa para valorizar a agropecuária brasileira. Excelênte para todos os integrantes dos setores.

    Temos que ressaltar que o momento é de evolução para a agricultura e a pecuária. Com isso, a mentalidade de fazenda, “roça”, tem que ser pensada como empresa agropecuária.

    Saibamos aproveitar as oportunidades, elas estão em toda parte, se ficarmos sempre na retaguarda, os “atravessadores” — que não tem a produção na mão, vão sair na frente e ficar com o lucro.

    Boa sorte para nós !!!