A Bolsa Brasileira de Mercadorias lançou ontem, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) em Campo Grande, um sistema inovador de negociação de bovinos para abate. Iniciativa da Comissão de Bovinocultura de Corte da Famasul, o projeto está sendo chamado de Venda e Compra Eletrônica de Carne Bovina e promete revolucionar a comercialização de boi gordo no País. Segundo a Famasul, a negociação eletrônica vai trazer mais segurança aos pecuaristas na hora de vender o produto aos frigoríficos, tendo em vista que o gado só será embarcado mediante a garantia do depósito dos valores previamente acertados.
A Bolsa Brasileira de Mercadorias lançou ontem, na sede da Federação da Agricultura e Pecuária de MS (Famasul) em Campo Grande, um sistema inovador de negociação de bovinos para abate. Iniciativa da Comissão de Bovinocultura de Corte da Famasul, o projeto está sendo chamado de Venda e Compra Eletrônica de Carne Bovina e promete revolucionar a comercialização de boi gordo no País.
Pela nova modalidade de comercialização a boiada será ofertada na Bolsa tal como é realizado com as commodities agrícolas, utilizando-se a intermediação de corretores credenciados. O sistema prevê que, mediante o cadastramento de pecuaristas e frigoríficos, a indústria deposite antecipadamente 90% do valor do lote negociado antes do embarque dos bois em uma conta neutra, gerida pela própria bolsa, ficando o restante do acerto para depois da pesagem dos animais.
Segundo a Famasul, a negociação eletrônica vai trazer mais segurança aos pecuaristas na hora de vender o produto aos frigoríficos, tendo em vista que o gado só será embarcado mediante a garantia do depósito dos valores previamente acertados. O que atende ao objetivo da venda à vista, alimentados por uma campanha realizada pela Famasul entre os produtores, juntamente com federações de outros estados do Centro-Oeste desde o ano passado.
O coordenador da Comissão de Bovinocultura de Corte da Famasul, José Lemos Monteiro, ressalta que a entidade investiu na elaboração do projeto motivada pelos últimos acontecimentos envolvendo a falta de pagamento por parte de redes frigoríficas. “O que queremos é dar ao pecuarista uma oportunidade diferente de comercialização dos produtos, garantindo melhores condições de recebimento”, destaca.
Mas o sistema não traz vantagens apenas para os pecuaristas. Conforme Monteiro, com a democratização da oferta de gado os pequenos frigoríficos terão a mesma competitividade dos grandes na hora de negociar com os pecuaristas. Além disso, continua, a oferta sistemática e organizada de carne permitirá às indústrias frigoríficas o planejamento dos abates, evitando os prejuízos trazidos com a estrutura operacional ociosa.
O novo instrumento de negociação vai operar pela plataforma eletrônica da Bolsa, o BBMNet, oferecendo ao mercado três modalidades de negócios: negociação à vista, registro de balcão à vista e registro de balcão a termo. Os agenciadores serão 420 corretoras filiadas à Bolsa, sendo que ao ofertar seu rebanho na bolsa o pecuarista detalha suas características e estabelece o preço mínimo por arroba.
Saiba mais sobre o assunto:
BBM: Bolsa de Carnes garantirá segurança das operações
Bolsa de Carnes: um novo modelo de comercialização
As informações são da Famasul, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Qual é o o custo das operações?
Resposta ao Sr. Frankner Assis:
O custo da operação será de 0,5% para o produtor e 0,5% para o frigorífico,
este valor ficara retido na conta de liquidação da BBM, no momento em que o dinheiro correspondente aos 90% da operação for liberado na conta do Criador.
Bom dia Sandro.
Gostaria de tirar uma dúvida.
Como fica a tributação a ser cobrada do produtor, no caso de abate de bovinos em outros estados?
Rodrigo, esta forma de comercialização não altera em nada aos meios legais de cobrança de tributos.
A “Bolsa da Carne” e um meio de comercialização para garantir aos produtores, mais segurança e transparência na hora de comercializar sua produção e aos frigoríficos, maior oportunidade de ofertas, podendo diminuir a ociosidade das plantas frigoríficas.
Qualquer duvida estou a disposição
Sandro J. Bortoloto
CEEL Corretora
ceelcorretora@gmail.com
Sds. Sandro,
com relação ao balcão a termo, caso haver quebra de contrato devido á algum acidente natural e ou comercial, tanto para produtores e indústrias respectivamente. Quais ações punitivas e a legislação nacional como trata este assunto, por favor enviar referencias de acesso desta última. Grato.
Breno.