O Banco Central injetou US$ 22,9 bilhões no mercado de câmbio para tentar conter a subida do dólar, de 19 de setembro até a última segunda-feira, segundo dados apresentados ontem pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Esses dados não consideram as operações de ontem. Mesmo com todas essas intervenções, o dólar continua em alta e ontem subiu 5,62%, cotado a R$ 2,236.
O Banco Central injetou US$ 22,9 bilhões no mercado de câmbio para tentar conter a subida do dólar, de 19 de setembro até a última segunda-feira, segundo dados apresentados ontem pelo presidente do BC, Henrique Meirelles, durante audiência pública na Câmara dos Deputados. Esses dados não consideram as operações de ontem. Mesmo com todas essas intervenções, o dólar continua em alta e ontem subiu 5,62%, cotado a R$ 2,236.
Meirelles disse que a crise provocou uma restrição da liquidez internacional que afetou o comércio e a disponibilidade em moeda estrangeira para o mundo todo, inclusive para o Brasil. Ele informou que entre os dias 1º e 10 deste mês a média diária de fechamentos de ACC estava em US$ 116,2 bilhões, menos da metade da média de setembro (US$ 238,8 bilhões por dia útil). E ressaltou que com as medidas aplicadas as operações de ACC já estão se normalizando.
Pela primeira vez, o presidente do BC deu uma dimensão da contração do crédito no Brasil depois que a crise se intensificou. Ele disse que, nos primeiros oito dias úteis de outubro, houve queda de 13% no volume de crédito em relação ao mesmo período de setembro. “O crédito no Brasil não parou completamente, mas é uma preocupação.”
De acordo com Meirelles, o Comitê de Política Monetária (Copom) levará em consideração esse fato na próxima reunião, no fim deste mês. Durante a audiência pública, o presidente do BC também fez uma análise da crise financeira e reafirmou que ela “é séria e severa”.
A matéria é de Ribamar Oliveira, publicada no jornal O Estado de S. Paulo, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.