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BC corta a taxa Selic em 1 ponto, para 10,25% ao ano

Em decisão esperada pelo mercado, o Banco Central anunciou na noite de ontem (29) o corte da taxa Selic em 1 ponto porcentual, para 10,25% ao ano, sem viés. Com a decisão, a autoridade monetária reduziu o ritmo do desaperto dos juros, que haviam caído 1,5 ponto na decisão anterior, em março. A medida do Comitê de Política Monetária (Copom), tomada por unanimidade, levou o juro básico da economia brasileira para o nível mais baixo da história.

Em decisão esperada pelo mercado, o Banco Central anunciou na noite de ontem (29) o corte da taxa Selic em 1 ponto porcentual, para 10,25% ao ano, sem viés. Com a decisão, a autoridade monetária reduziu o ritmo do desaperto dos juros, que haviam caído 1,5 ponto na decisão anterior, em março. A medida do Comitê de Política Monetária (Copom), tomada por unanimidade, levou o juro básico da economia brasileira para o nível mais baixo da história.

Em comunicado divulgado após a reunião, a autoridade monetária disse que o objetivo do corte é “ampliar o processo de distensão monetária” que começou em janeiro. Na avaliação de economistas, o comunicado sugere que o BC deve fazer novo corte na próxima reunião do Copom, em junho. Com o terceiro corte seguido, a Selic cai ao nível mais baixo desde a adoção do juro básico em base anual, no fim de 1997. Nesse período, o Brasil conviveu com juros que chegaram a 45%, em março de 1999, após a maxidesvalorização do real no início daquele ano.

A decisão de ontem também fez o Brasil perder o amargo posto de país com o maior juro real do planeta – taxa descontada a inflação projetada para os próximos 12 meses. Levantamento da UpTrend Consultoria mostra que a taxa brasileira caiu para 5,8%, abaixo da China que tem juro real de 6,6%.

O corte menos agressivo do juro era esperado pela maioria dos analistas. Nas últimas semanas, em meio a um cenário econômico menos turbulento, a piora dos indicadores perdeu força e o mercado começou a notar espaço menor para o desaperto monetário. Já há quem aposte que a recuperação do tombo provocado pela crise pode começar ainda este ano. Essa avaliação é sustentada por números recentes. No comércio, a demanda tem se mantido aquecida principalmente pelo consumo ligado à massa salarial. Ao mesmo tempo, a desoneração tributária e a retomada gradual do crédito devem elevar a venda de artigos duráveis.

A matéria é de Fernando Nakagawa, publicada no jornal O Estado de SP, adaptada e resumida pela Equipe AgriPoint.

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