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BC divulga impactos da crise por região brasileira

Conforme levantamento do Banco Central, os impactos da crise internacional foram diferentes nas cinco regiões brasileiras, sendo que as regiões Sul e Sudeste foram as mais prejudicadas por conta do menor peso do setor público em suas economias e a maior dependência da indústria em relação à demanda externa.

O Boletim Regional do Banco Central, divulgado ontem em Porto Alegre, mostrou que os impactos da crise internacional foram diferentes nas cinco regiões brasileiras. Conforme o levantamento do BC, que traz a comparação de dados dos dois últimos trimestres do ano passado, as regiões Sul e Sudeste foram as mais prejudicadas pela turbulência global. Os motivos são o menor peso do setor público na economia destas regiões e a maior dependência da indústria em relação à demanda externa.

A região Norte vem em seguida como uma das mais afetadas. Apesar de contar com uma participação importante do setor público, o setor de mineração no Pará e a produção da Zona Franca de Manaus sentiram os efeitos da crise com maior intensidade. O Centro Oeste foi a região menos exposta, beneficiada pela grande presença pública, mesmo que concentrada no Distrito Federal.

O Sul, considerado o mais vulnerável pela maior participação na exportação de bens no PIB, viu as vendas externas despencarem 23% na comparação dos dois últimos trimestres. Já a produção industrial caiu 3,3% no período e as vendas no varejo apresentaram uma retração de 7,7%. “Veículos e Máquinas agrícolas sofreram muito com a crise”, observa o diretor de Política Econômica do Banco Central, Mário Mesquita.

Produção industrial

No Sudeste, a diminuição da exportação de bens foi de 13%, mas as quedas na produção industrial e nas vendas do varejo foram as maiores entre as cinco regiões: 3,7% e 8,1%, respectivamente. O Nordeste teve retração de13% nas exportações, de 3,4% na produção industrial e de 7% no comércio varejista. O Norte apresentou encolhimento também de 13% nas exportações, de 2,3% na indústria e de 2,7% no varejo. Por último, o Centro Oeste teve uma retração de 14% nas exportações, de 0,7% na produção industrial e 6,7% no comércio varejista.

Em relação ao nível de emprego, a comparação foi feita entre dezembro e novembro, e não entre trimestres. Nesse caso, é o Sul que aparece com o menor impacto, com queda de apenas 0,7%. O pior resultado é o do Norte, com retração de 4,7%. Em seguida vem Nordeste (-3,3%), Centro Oeste (-3%) e Sudeste (-1,4%).

A matéria, de Caio Cigana, foi publicada na Gazeta Mercantil, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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