Há cinco anos, 87% das exportações de carne bovina da Austrália eram concentradas em apenas três destinos – Estados Unidos, Japão e Coreia. Em 2011, esses três países representaram 70% das exportações australianas, à medida que novos mercados surgiram, como Rússia, Oriente Médio e China.
O Beef Austrália 2012 abriu com uma mensagem sobre as grandes oportunidades de mercado de exportação na Ásia nos próximos 20 anos, desafiando os produtores a adequar sua seleção genética com as demandas dos consumidores.
A Conferência Internacional de Genética Bovina da Bayer e da Bioniche abriu o evento, que está sendo realizado nesta semana em Rockhampton, Austrália. Mais de 300 delegações de diversos lugares do mundo estão participando do evento.
O palestrante Peter Barnard, que é gerente geral para mercados internacionais e serviços econômicos do Meat and Livestock Australia (MLA), falou na conferência sobre o crescimento impressionante esperado nos mercados asiáticos devido ao contínuo crescimento populacional e econômico.
“O consumo de alimentos na Ásia deverá dobrar em 2020”, disse Barnard. “A previsão para a indústria de carne bovina australiana é de um grupo mais diversificado de destinos de exportação, mas o crescimento se concentrará na Ásia”.
Há cinco anos, 87% das exportações de carne bovina da Austrália eram concentradas em apenas três destinos – Estados Unidos, Japão e Coreia. Em 2011, esses três países representaram 70% das exportações australianas, à medida que novos mercados surgiram, como Rússia, Oriente Médio e China.
Barnard disse que os padrões de consumo de alimentos nessas áreas seriam influenciados pela expansão nas redes globais de supermercados, mas o gosto do consumidor manteria diferentes identidades locais.
“Já existem muitos mercados e veremos uma explosão de novos mercados no futuro. Não somente estamos falando de diversidade em termos de distribuição de países, mas haverá mercados dentro dos mercados. Apesar de a carne bovina australiana ser mais cara do que o produto da Índia, por exemplo, na Ásia é considerada prestigiosa e pode competir em serviço e qualidade. Estudos com consumidores na China mostraram que as pessoas estão preparadas para pagar pela segurança alimentar e que estão olhando o país de origem dos produtos”.
Barnard disse que os frigoríficos australianos já estavam de olho em cortes específicos para mercados onde são mais valorizados pelos consumidores – cerca de 87% das exportações de short ribs (acém) vão para a Coreia, enquanto cortes de knuckles (patinho) são preferíveis pelos fabricantes de linguiça da Rússia e os cortes de rumps (alcatra) são preferidos pelos brasileiros.
Fonte: TheCattleSite, traduzida e adaptada pela Equipe BeefPoint.