O BeefPoint está participando do SIAL (Salão Internacional da Alimentação), um dos mais relevantes eventos no que tange à alimentação mundial. A feira iniciou-se dia 17 de outubro e termina amanhã, quinta-feira, dia 21. Miguel Cavalcanti, engenheiro agrônomo e coordenador do site BeefPoint, está em Paris, onde está ocorrendo o evento
As impressões de Miguel Cavalcanti são as de que os frigoríficos brasileiros estão muito satisfeitos.”Os frigoríficos estão vendendo muito, tanto para novos clientes como para os atuais. A carne brasileira está muito demandada, mas há dificuldades em aumento de preços”, observa.
Segundo o engenheiro agrônomo, está aumentando a procura por cortes com preparações especiais, como o carpaccio e para carnes diferenciadas, como a de vitelo, cortes de carne de raças específicas e carnes produzidas para atender demandas religiosas, como a carne kosher para os judeus e halal para os mulçumanos.
“É um bom momento para a carne brasileira. Nossa qualidade está se firmando. Todos os Países estão impressionados com o tamanho dos stands brasileiros” analisa o coordenador do BeefPoint, que diz não ter observado o mesmo impacto do setor carneo no SIAL de 2002.
Porém, pouco se vê em relação a marcas reconhecidas pelo consumidor final, afirma Cavalcanti. “Algumas empresas têm marcas conhecidas e reconhecidas por traders ou no business to business, mas não pelo consumidor final. Muitas empresas européias pedem produtos para colocarem suas próprias marcas, sobrando pouco espaço para a marca Brasil ou mesmo para as marcas próprias, dos frigoríficos brasileiros. Parece que corremos o risco de nos transformarmos em grandes produtores de proteína animal, de qualidade, mas com preços baixos. As marcas, quando existem, são de outros Países ou de empresas estrangeiras”, avalia.
Fonte: Equipe BeefPoint