A Bertin S.A. está lançando um sistema que promete a rastreabilidade do produto e a garantia de que a carne provém de um processo sustentável. A partir desta semana, a carne in natura comercializada com a marca Bertin, à venda no varejo, terá uma etiqueta com um código de rastreabilidade com informações sobre a origem do produto. O diretor marketing da companhia, Marcos Scaldelai, explica que o consumidor poderá ter informações sobre a origem e a garantia de que o produto não provém de animais criados em áreas de desmatamento e trabalho escravo.
Quase seis meses depois de ter sido acusada pelo Ministério Público Federal do Pará de contribuir para o desmatamento da Amazônia junto com outros frigoríficos de carne bovina, a Bertin S.A. está lançando um sistema que promete a rastreabilidade do produto e a garantia de que a carne provém de um processo sustentável.
A partir desta semana, a carne in natura comercializada com a marca Bertin, à venda no varejo, terá uma etiqueta com um código de rastreabilidade com informações sobre a origem do produto. O diretor marketing da companhia, Marcos Scaldelai, explica que o consumidor poderá ter informações sobre a origem e a garantia de que o produto não provém de animais criados em áreas de desmatamento e trabalho escravo.
Segundo ele, o consumidor deve digitar o número no site da Bertin (www.bertin.com.br) para obter informações como a relação de fazendas que forneceram animais em determinado dia de abate e local das propriedades. Na própria página da Bertin, há um link para os sites do Ibama e do Ministério do Trabalho. No primeiro, o consumidor poderá checar se a propriedade de origem do boi está na lista das que desmatam ou não e no segundo, se há trabalho escravo.
Num primeiro momento, apenas a carne in natura produzida na unidade da Bertin em Lins/SP terá a etiqueta, mas a partir de janeiro o sistema deve estar implantado nas demais plantas da empresa, segundo Scaldelai.
Scaldelai afirma que o sistema para garantir a sustentabilidade da carne já vinha sendo desenvolvido pela Bertin antes da ação do Ministério Público, em junho. Na ocasião, a empresa foi acusada de comprar bovinos de fazendas que desmatavam áreas da floresta amazônica e interrompeu a aquisição de animais dessas propriedades.
A matéria é de Alda do Amaral Rocha, publicada no Valor Econômico, resumida e adaptada pela Equipe BeefPoint.
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Pois é… continuam deixando a responsabilidade pelas eventuais irregularidades para os órgãos públicos. Tais órgãos funcionam da forma precária, todos sabemos, não possuem infra-estrutura para fiscalização (humanas e materiais).
Se possuissem, já teríamos erradicado a Aftosa, Brucelose… não teríamos a existência dos “Bois Piratas”, onde se criavam milhares de cabeças em terras da união, nem aconteceriam casos de trabalho escravo, que só existem por exclusiva falta de fiscalização e exemplar punição.
Em caso de fazendas que não tenham sido fiscalizadas o “nada consta” as aprovará, sem que tenham o perfil mencionado pelo Bertin.
Garantia mesmo só se o frigorífico auditasse as fazendas onde se abastece; o que não é tão difícil, afinal os caminhões do frgorífico vão até o local retirar os animais, bastaria que auditores acompanhassem o embarque destes animais na primeira compra e 1 ou 2 visitas por ano em datas aleatórias; rapidamente se comprovaria a existencia de estrutura humana e material da propriedade, e se a mesma teria condições de atender as especificações desejadas pelo frigorífico e exigidas pelo consumidor dos diversos mercados.
Sem isso, é só movimento para europeu ver…
Continuamos a fingir que acreditamos naquilo que não fazemos… e a confundir movimento com ação…
Parabéns José Manuel! Seu comentário foi extremamente pertinente.