O Matadouro Frigorífico de Itapetinga (Mafrip) deve iniciar a exportação de carne ainda este ano, assim que forem acertados os últimos detalhes da mudança de controle acionário da empresa, agora a cargo do grupo paulista Bertin, maior exportador de carne do País, com mercado em mais de 90 países.
O Mafrip pertencia à Cooperativa Mista do Médio Rio Pardo (Coopardo), responsável pela revitalização do matadouro e pela aproximação de grupos exportadores à carne baiana. Uma assembléia geral extraordinária aprovou as alterações no Mafrip, que tem como sócios o governo estadual e 142 pecuaristas associados à cooperativa.
A expectativa, a partir do plano de ação do grupo acionista, é a geração de mil novos empregos e abate diário de 1,2 mil bovinos, adquiridos na região de Itapetinga. “Os investimentos começarão a ser feitos imediatamente, não paralisando e sim duplicando a capacidade de abate”, afirmou o diretor comercial do grupo, Fernando Bertin.
O projeto de exportação foi aprovado este ano e, desde então, os pecuaristas da microrregião agropastoril têm corrido contra o tempo em busca de informações sobre rastreabilidade, política de exportação e captação de recursos para ampliação do Matadouro Frigorífico de Itapetinga.
Apontado como o melhor do estado, o Mafrip está com volume de abate aquém da capacidade, operando com ociosidade de 100 bois/hora.
Cotas
Durante todo o processo de mudança do matadouro, a direção da Coopardo procurou atrair o produtor e buscou outros parceiros. “Estamos conscientizando o produtor da importância desse negócio e buscando parcerias”, destacou o presidente da cooperativa, Rômulo Coelho.
A parceria consiste na venda de cotas, no valor de R$ 20 mil cada, para pecuaristas locais ou de outros municípios das regiões sudoeste, sul e extremo sul da Bahia.
Segundo ele, os recursos obtidos com a venda serão aplicados em novos empreendimentos, principalmente voltados para a produção leiteira. Coelho assinalou que, com a negociação, a cooperativa viabiliza mais um empreendimento.
Incluído entre os seis frigoríficos enquadrados no Sistema de Inspeção Federal (SIF) e no estágio mais avançado entre os quatro que já estão se adaptando às exigências do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o de Itapetinga é o que atrai mais atenção internacional na atualidade.
Além dele, o Frifeira, de Feira de Santana, o Unifrigo, de Jequié, e o Fribarreiras, de Barreiras, são os primeiros a habilitarem-se para exportação.
O Frifeira, que já está capacitando funcionários, através de cursos oferecidos pelo Sesi, também vai enviar projeto ao ministério para aprovação.
O Fribarreiras, inaugurado recentemente, tem capacidade para abater 300 animais por dia e também se prepara para exportar, absorvendo toda produção da região oeste, segunda maior produtora de carne da Bahia com, aproximadamente, 1,7 milhão de cabeças. A Bahia tem um rebanho bovino de dez milhões de cabeças.
Fonte: A Tarde/BA, adaptado por Equipe BeefPoint
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Que pena dos pecuaristas baianos,agora eles vão sentir na pele o poder de fogo deste grupo,podem ter certeza que vão empregar lá na Bahia o mesmo que fazem juntamente com outros frigoríficos aqui no estado de São Paulo,jogando o preço da arroba lá embaixo.
Até quando vamos suportar estes achaques?