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Bertin: justiça determina multa de R$ 1 mi

Apesar do Bertin comunicar que desconhece alguma multa, notícia do Valor Econômico, informou que o juiz Leonardo de Castro Gomes, da 17ª Vara Cível do Rio, determinou que o frigorífico descumpriu ordem judicial ao não depositar em juízo valores que deveriam ser pagos à empresa de couros Braspelco, que hoje opera com o nome Xinguleder, e ordenou o pagamento de uma multa de R$ 1 milhão.

Apesar do Bertin comunicar que desconhece alguma multa, notícia do Valor Econômico, informou que o juiz Leonardo de Castro Gomes, da 17ª Vara Cível do Rio, determinou que o frigorífico descumpriu ordem judicial ao não depositar em juízo valores que deveriam ser pagos à empresa de couros Braspelco, que hoje opera com o nome Xinguleder, e ordenou o pagamento de uma multa de R$ 1 milhão.

A Braspelco, que já foi a maior exportadora de couros do país, está inadimplente desde o início de 2006 e acumula uma dívida de US$ 200 milhões. Na 17ª Vara do Rio correm processos dos três maiores credores: Maple Commercial Finance, Goldman Sachs e UBS Pactual, que, juntos, têm a receber cerca de US$ 90 milhões.

No processo, os credores afirmam que têm indícios de que o grupo Bertin teria assumido as operações da Braspelco sem assumir seu passivo. Duas das três unidades da empresa de couros são hoje operadas pelo frigorífico – as de Uberlândia (MG) e de Itumbiara (GO).

Na decisão desta semana, o juiz reforça que o frigorífico deixou de apresentar documentos que esclareçam a relação comercial entre Braspelco e Bertin. Em nota, o grupo Bertin contesta o juiz e diz que os contratos mantidos com a Xinguleder (Braspelco) foram apresentados à Justiça. A companhia informou que até 16 de abril, a Bertin Ltda mantinha um contrato de prestação de serviços com a empresa de couro. A partir desta data, a Bertin S.A., outra empresa do grupo, teria arrendado as duas unidades.

Os credores têm insistido que não tiveram acesso aos termos dos contratos firmados entre Braspelco e Bertin, nem mesmo aos valores das operações. Para eles, o que teria motivado a mudança da natureza dos contratos – de prestação de serviços para arrendamento – foi a notificação do frigorífico, em 21 de abril, de que ele teria de pagar em juízo os recursos destinados à Braspelco.

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