Bertin pretende elevar em 20% as exportações de carne bovina em 2001

O frigorífico Bertin, com sede em Lins (SP), espera fechar o ano com um acréscimo estimado em 20% do volume de exportações de carne bovina. Caso o resultado seja alcançado, a receita anual obtida com vendas externas passará de US$ 190 milhões para US$ 230 milhões. As operações para o mercado externo representam 55% dos negócios.

No total acumulado de janeiro a junho deste ano, o grupo Bertin registrou um crescimento em volume de 52,78%, em relação ao observado no mesmo período do ano 2000 – passou de 35,064 mil toneladas para 53,57 mil toneladas. No fechamento do primeiro semestre deste ano, houve uma variação de receita de 35,48%, passando dos US$ 85,717 milhões registrados no primeiro semestre de 2000 para US$ 116,129 milhões, apurados nos primeiros seis meses de 2001.

Segundo Marco Bicchieri, gerente de exportações do Bertin, o aparecimento da encefalopatia espongiforme bovina (EEB) ou doença da ‘vaca louca’ na Europa levou a uma retração de cerca de 18% nas importações de carne neste continente, mas propiciou ao Brasil conquistar novos mercados, como por exemplo, Egito e Irã, devido à suspensão temporária do fornecimento ao mercado internacional de carnes do Uruguai e da Argentina.

Do volume de carne bovina – in natura e industrializada – exportada anualmente pelo Bertin, houve um recuo nos envios para a Europa, passando de 54% para 38%, entre janeiro e junho deste ano, com relação ao mesmo período de 2000. Porém, o gerente informa que o volume relativo das vendas, para o Extremo Oriente, aumentou de 15% para 28% de janeiro a junho de 2000 para o mesmo período em 2001.

A previsão do Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento para as exportações de carne bovina do País é que estas superarão este ano US$ 1 bilhão contra os cerca de US$ 750 milhões alcançados no ano de 2000.

Fonte:Gazeta Mercantil (por Virna Campos), adaptado por Equipe BeefPoint