Com a aprovação de compra de ações do grupo Bertin no valor de R$ 2,5 bilhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passará a deter 27,5% do capital da empresa, por meio da BNDESPar - no segmento alimentício.
Com a aprovação de compra de ações do grupo Bertin no valor de R$ 2,5 bilhões, o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) passará a deter 27,5% do capital da empresa, por meio da BNDESPar – no segmento alimentício.
Do total aprovado em abril, R$ 1 bilhão já está sendo liberado. Os outros R$ 1,5 bilhão serão desembolsados seguindo cronograma ainda não definido. A direção do banco confirmou a aprovação sem dar detalhes. O Bertin, em nota, confirmou a “assinatura de Contrato de Promessa de Subscrição de Ações” com a BNDESPar.
Segundo reportagem de Irany Tereza e Patricia Caçado, do jornal O Estado de S.Paulo, a entrada do BNDES no capital acionário dará fôlego para novas aquisições. As especulações são de que o grupo estaria negociando ativos não apenas no Brasil, mas também no exterior.
A injeção de recursos do BNDES segue procedimento semelhante ao adotado no ano passado com o frigorífico Friboi, quando a BNDESPar injetou R$ 1,4 bilhão na capitalização da empresa para tornar viável a aquisição da Swift & Co. O objetivo é fortalecer empresas brasileiras e transformá-las em importantes atores do jogo global.
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Até que enfim. E bem como foi dito tudo começou ainda ano passado com o Friboi, parabéns ao BNDES e as empresas brasileiras de sucesso.
É que sempre questionei, desde as privatizações do FHC, que os gringos entravam no Brasil para comprar nossas empresas (as teles, minérios, bancos) com moedas podres e a parte líquida era financiada pelo BNDES. Isso pra mim foi o maior escândalo das privatizações. Se era pra privatizar com financiamento do BNDES, que fosse para empresas brasileiras, assim teríamos muitas multinacionais brasileiras brilhando lá fora, como o Friboi. Esse fato pode mudar a história do mercado de carne brasileiro, o Bertin fatalmente comprará empresas extrangeiras, o Friboi já é o maior, isso significa que o Brasil pode dessa forma quebrar, subjetivamente, as barreiras comerciais impostas ao Brasil.
Se, na época das privatizações, o BNDES (governo) tivesse dado preferência às empresas nacionais, hoje nós poderíamos estar dominando mundialmente toda a cadeia produtiva do agribusiness, que já somos fortes. Seria muito difícil alguém impor barreiras ao Brasil. Outros setores também poderíam ser benficiados com a iniciativa.
Mas antes tarde do que nunca.