Bezerro com genética e manejo

A arroba do boi continua em alta e, no seu rastro, pecuaristas que trabalham com cria, recria e engorda têm obtido bons lucros também com a venda de bezerros. Preços melhores estimulam o investimento em genética e no manejo apurado para aumentar a qualidade desses animais.

Isso porque um bezerro de qualidade resulta em um bom animal de corte, desde que tratado e alimentado adequadamente. Investimento em qualidade também gera padronização dos animais, permitindo ao criador fechar contratos pré-fixados de entrega, ganhar adicionais pela qualidade e renda assegurada.

Avanço genético

Para o criador Danilo Martins, o avanço genético para melhorar a qualidade dos bezerros é fundamental para que os criadores se estabeleçam. Martins possui 3.200 bezerros em sua fazenda, produtos de uma criteriosa seleção genética. Martins possui um sumário com as características de cada animal, avalia seus genes, pega os animais com melhor performance e os utiliza como reprodutores.

O gerente de Pecuária da Agropecuária Jacarezinho, em Valparaíso (SP), Luiz Fernando Boveda, diz que faz um grande processo de melhoramento genético. “Nosso objetivo é obter o acasalamento das vacas com os touros de melhor avaliação genética, para conseguirmos os melhores bezerros.” Após o nascimento, os bezerros passam pelo processo de cura do umbigo e todos os tratos sanitários. Em seguida, são pesados e separados em grupos de manejo até a desmama, período no qual já se destacam os melhores animais. Após a desmama, o animal é submetido a jejum de 14 horas, para que sejam pesados e avaliados quanto à sua precocidade, formação e genética. Assim, cria-se um ranking dos animais da safra”.

O veterinário da Embrapa Gado de Corte, Pedro Paulo Pires, acrescenta que o tratamento do bezerro de alta qualidade não se diferencia do bezerro comum. O tratamento começa quando a vaca está no 8º mês da gestação, quando deve tomar a vacina contra paratifo. Após o nascimento, deve-se curar o umbigo do bezerro, e deixá-lo mamar o colostro nas primeiras oito horas. As fêmeas devem ser vacinadas contra brucelose no 4º ou 8º mês. Demais vacinas, como aftosa, raiva e carbúnculo variam de acordo com as exigências de cada região.

Fonte: jornal O Estado de São Paulo

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