A carne de boi e os ovos, proteínas importantes na mesa dos brasileiros, chegaram mais baratos, este mês, ao comércio varejista de Belo Horizonte (MG), mantendo uma surpreendente queda de preços depois de já terem contribuído para conter os índices de inflação em julho.
O quilo da carne de segunda era encontrado na semana passada a R$ 5,31, em média, custo 17,6% menor que os R$ 6,45 que o consumidor pagou no fim do último mês, segundo pesquisa da Secretaria Municipal de Abastecimento. Da mesma forma, a dúzia de ovos podia ser adquirida por R$ 1,83, despesa 5% inferior no período analisado.
O consumidor que optou pelo frango, apesar de uma ligeira alta de R$ 0,04 no quilo pesquisado entre 28 de julho e a última quinta-feira, pelos técnicos da Prefeitura de BH, ainda sai beneficiado por uma queda de 3,07% das cotações da ave abatida na primeira semana de agosto, de acordo com outra pesquisa, mais abrangente, a da Fundação Ipead.
As despesas com o quilo do frango caíram 4,44% em julho e com a carne de boi ficaram 2,42% mais baixas, mas o maior destaque foram os ovos, informa o coordenador de pesquisas da Fundação Ipead, Eduardo Antunes. O produto está no menor nível de preços das últimas cinco semanas, quando barateou exatos 3,41%. “Não há sinais de problemas na produção de ovos e a queda dos preços do frango reflete os custos menores da ração, que tem componentes cotados em dólar”, afirma. Como a cotação da moeda norte-americana baixou, aliviou os custos da alimentação nas granjas, a base de milho e farelo de soja usados na ração.
O coordenador da pesquisa da Secretaria Municipal de Abastecimento, Djalma Prado Filho, diz que as promoções nos supermercados, impulsionadas pela concorrência, também influenciaram. “Os preços de toda a cesta básica, em geral, estiverem bem mais altos do que agora. Chegaram a R$ 348 em agosto do ano passado e estão na faixa dos R$ 320 a R$ 330”, compara.
O superintendente da Associação Mineira de Supermercados (Amis), Adilson Rodrigues, confirma o interesse das empresas do varejo em desovar esses produtos de peso no faturamento do varejo. “Os produtores estão, sem dúvida, mais dispostos a negociar descontos e promoções com os supermercados”, afirma.
Fonte: Estado de Minas/Superávit (por Marta Vieira), adaptado por Equipe BeefPoint