Biodiesel faz disparar preços de óleos periféricos

A crescente fabricação de biodiesel está alavancando os preços de óleos periféricos. Tanto que hoje a tonelada de gordura de cozinha não sai por menos de R$ 1.330, bem acima dos R$ 700 no início de 2006, segundo levantamento da Aboissa Óleos Vegetais.

A crescente fabricação de biodiesel está alavancando os preços de óleos periféricos. Tanto que hoje a tonelada de gordura de cozinha não sai por menos de R$ 1.330, bem acima dos R$ 700 no início de 2006, segundo levantamento da Aboissa Óleos Vegetais.

De acordo com a operadora de mercado da Aboissa, Adriane Gaia, a maior procura começou no segundo semestre do ano passado, quando o valor da tonelada iniciou a escalada, atingindo R$ 980 em dezembro. “Essa gordura, que era tradicionalmente usada pela indústria de alimentação animal, passou a ser disputada pelas indústrias de biodiesel”, destacou.

O preço dela superou até o do óleo de algodão (bruto), tradicionalmente mais nobre, usado na alimentação humana. A tonelada desse óleo está sendo negociada a R$ 1.250, 8% menos que a gordura recuperada.

Outro óleo considerado “marginal” que se transformou em vedete é o sebo bovino. O preço praticamente duplicou com a demanda bioenergética. O quilo é negociado por R$ 1,10 a R$ 1,20 em São Paulo, valor que há um ano era de R$ 0,65 e, há dois, de R$ 0,50, segundo o gerente da unidade de Proteínas e Gorduras Animais da Aboissa, Alberto Luiz Peres. “A demanda nesse momento está bem agressiva, por conta da redução de abates, conseqüência da entressafra da pecuária”, informou. As informações são de Fabiana Batista, da Gazeta Mercantil.

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  1. João Adalberto Ayub Ferraz disse:

    No meu ponto de vista, seria necessário uma regulamentação, pois as coisas acontecem sem regras claras neste país.

    O oba, oba, das vantagens, disto ou daquilo leva geralmente à desagregação.

    Já ocorreu no início do Proálcool. Houve desperdício de dinheiro, e desalento dos investidores, agora são os óleos e gorduras, se isto continuar assim, gera inflação por cadeia de diversas conseqüências e a população vem a pagar mais caro pelos derivados.

    Ao meu ver devem se sentar, produtores, industriais governo, enfim todos os agentes a fins, e ver o que se pode fazer regulando ou não, para não se ter conseqüências futuras de mais um prejuízo amargado.

    J. Ferraz

Atacado – 30/08/07
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