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BM&F: menor volatilidade reduz negociação de agrícolas

As negociações dos contratos agropecuários da BM&F Bovespa estão fechando o primeiro quadrimestre do ano com uma queda de mais de 35% em relação ao ano passado, devido à menor volatilidade dos preços em 2009 e também em função do crédito mais reduzido no mercado, o que deixa menos recursos para operações nos futuros.

As negociações dos contratos agropecuários da BM&F Bovespa estão fechando o primeiro quadrimestre do ano com uma queda de mais de 35% em relação ao ano passado, devido à menor volatilidade dos preços em 2009 e também em função do crédito mais reduzido no mercado, o que deixa menos recursos para operações nos futuros.

Segundo o diretor de Commodities da instituição, Ivan Wedekin, de janeiro até esta terça-feira o volume de contratos futuros agropecuários negociados somou 602.650, queda de 36,4% ante os 947.204 verificados no mesmo período de 2008, quando a BM&F bateu recordes de negociações agropecuárias.

“A volatilidade menor é o principal fator”, disse Wedekin, admitindo que num cenário de menos oscilações de preços as pessoas tendem a buscar menos os mercados futuros para se protegerem. Em 2008, muitos preços agrícolas foram negociados perto dos maiores valores históricos. A menor volatilidade, segundo ele, vale especialmente para os mercados de boi gordo e café, que respondem por mais de 80% dos negócios na bolsa.

“No caso do boi, a arroba saiu de R$ 80 para R$ 100 no primeiro semestre do ano passado. Este ano está flat (estável)”, declarou, após evento na Agrishow, em Ribeirão Preto. A redução no número de contratos negociados de boi gordo foi de 27,2%, para 289,4 mil contratos. A falta de crédito também contribuiu para o menor volume de negócios.

“Muitos participantes do mercado retraíram o nível de exposição no mercado financeiro”, observou, lembrando que a queda no volume de negócios na bolsa não ocorre apenas para os contratos agropecuários e atingem também os financeiros, embora os primeiros estejam sofrendo mais.

Já o mercado de café teve uma redução maior no número de negócios efetuados, da ordem de 43%, para 176,9 mil contratos, entre janeiro e esta terça-feira. “O café também teve queda pelo menor volume de arbitragens, o cara compra aqui e vende em Nova York”, acrescentou.

A reportagem é de Roberto Samora, da Reuters, resumida e adaptada pela Equipe AgriPoint.

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