Em 2006, o Brasil assumiu o posto de maior exportador de carne bovina do mundo em receita cambial, ultrapassando a Austrália. De janeiro a novembro, o País exportou US$3,47 bilhões ante US$3,37 bilhões da Austrália, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (Abiec). O Brasil deve encerrar 2006 com receita de US$4 bilhões, recorde histórico para o setor.
Em 2006, o Brasil assumiu o posto de maior exportador de carne bovina do mundo em receita cambial, ultrapassando a Austrália. De janeiro a novembro, o País exportou US$3,47 bilhões ante US$3,37 bilhões da Austrália, de acordo com a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne Bovina (Abiec). O Brasil deve encerrar 2006 com receita de US$4 bilhões, recorde histórico para o setor.
Esse resultado positivo é decorrente de produtos com maior valor agregado, de maior diversificação e de aumento do número de países compradores de produtos brasileiros. Em volume, o País exportou 2,13 milhões de toneladas de carne bovina in natura e industrializada no acumulado de janeiro a novembro.
O futuro de boi gordo da BM&F quebrou todos os recordes de liquidez em 2006. No acumulado anual foram negociados 397.236 contratos, incluindo opções e minicontratos, equivalente a 7,94 milhões de cabeças ante 314.028 negociados em 2005 (6,28 milhões de cabeças), crescimento total de 26,5%.
Em 2006, o volume na Bolsa praticamente equivale a 90% das exportações brasileiras de carne bovina. Em 17 de outubro, a BM&F negociou 9.232 contratos de boi gordo, relativos a 184.640 cabeças, máxima histórica de contratos em um único dia, ultrapassando o recorde anterior, que era de 5.904 contratos (118.080 cabeças) transacionados em 23 de setembro de 2005.
O mercado físico de boi gordo, após leve recuperação no início de dezembro em relação à queda em novembro, voltou a declinar. O Indicador de Preços do Boi Gordo Esalq/BM&F a vista esteve mais consistente, cotado em R$54,97/arroba em 11 de dezembro, resultado da dificuldade dos frigoríficos em preencher suas escalas e da menor oferta de animais prontos por parte dos produtores. No entanto, os produtores cederam diante de ofertas com melhores preços e as escalas se alongaram até o final do ano, principalmente com animais vindos do Mato Grosso do Sul.
Com isso, o indicador Esalq/BM&F fechou com depreciação de 4,18% no período e ficou em R$52,67/arroba em 19 de dezembro. No atacado, por sua vez, os preços estabilizaram-se com a maior oferta dos frigoríficos. Como os primeiros vinte dias de dezembro são caracterizados por boa procura no mercado interno, as vendas estavam aquecidas, impedindo assim, maiores quedas nos cortes. O dianteiro, em 18 de novembro, foi negociado em R$2,34/kg; e o traseiro, em R$4,60/kg em média.
Gráfico 1 – Vencimento Outubro/06 x indicador Esalq/BM&F
O ano de 2006 apresentou oportunidades de fixação de preços para compradores e vendedores. O Gráfico 1 traz a evolução dos preços do contrato futuro de outubro de 2006 e o indicador Esalq/BM&F de boi gordo a vista desde maio de 2006. Pode-se notar que a partir de meados de julho o pecuarista que estivesse com os seus custos na “ponta do lápis” poderia ter garantido preços de venda superiores aos verificados no final de outubro.
O mercado futuro permitiu garantir antecipadamente preços de venda de boi entre R$60,00 e R$65,00/arroba; superior aos R$58,00/arroba observados no mercado físico no final de outubro. O Gráfico 2 mostra os preços dos contratos futuros de boi gordo para os vencimentos maio/07 e outubro/07. O pecuarista já pode começar a programar a próxima safra e entressafra de acordo com seus respectivos custos de produção.
Gráfico 2 – Evolução dos vencimentos BM&F Maio/07 e Outubro/07