Depois que o Greenpeace e o Ministério Público do Pará denunciaram, em ações simultâneas, no início de junho, que parte da carne e do couro vendida por grandes frigoríficos vem de fazendas que desmatam a Amazônia - denúncias que atingiram também o BNDES, que é acionista de grandes frigoríficos-, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se prepara para anunciar, na semana que vem, um compromisso ambiental que prevê uma série de exigências para a concessão de empréstimos por parte do banco.
Depois que o Greenpeace e o Ministério Público do Pará denunciaram, em ações simultâneas, no início de junho, que parte da carne e do couro vendida por grandes frigoríficos vem de fazendas que desmatam a Amazônia – denúncias que atingiram também o BNDES, que é acionista de grandes frigoríficos-, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) se prepara para anunciar, na semana que vem, um compromisso ambiental que prevê uma série de exigências para a concessão de empréstimos por parte do banco.
Dentre as exigências, estaria a implementação de um programa de rastreabilidade que permita dizer se a carne que chega aos supermercados tem origem em fazendas que contribuem para o desmatamento do bioma amazônico. Detalhes do compromisso foram acertados em reunião realizada na última sexta-feira em São Paulo, com representantes dos frigoríficos e o presidente do BNDES, Luciano Coutinho.
A rastreabilidade é tida como a única forma de garantir com segurança que o gado não está avançando em áreas de desmatamento. Entretanto, os desafios para se colocar um “brinco” na orelha do boi são muitos. O principal é o notório alto índice de sonegação no setor. “A sonegação é muito forte e, se você coloca o brinco no boi, você tem de declarar o animal”, diz um executivo do setor com passagem pelo governo. Estima-se que 35% do abate realizado no País seja informal. “Se não houver um grande incentivo, não vai funcionar.” Além da informalidade, há a questão do custo.
Nas últimas semanas, a Associação Brasileira dos Exportadores de Carne (Abiec) recebeu oito empresas de tecnologia de rastreabilidade, e espera iniciar a implantação de um sistema de rastreabilidade piloto até o final deste ano. “Se o programa piloto der certo, em três a quatro anos podemos implantar o sistema em todo o País”, diz o presidente da Abiec, Roberto Gianetti da Fonseca. “Assinar uma moratória da carne hoje é demagogia. Só com a rastreabilidade teremos condição de garantir desmatamento zero.”
As informações são do jornal O Estado de S. Paulo resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Espero com ansiedade pelo comentário do Sr. Humberto Tavares de Freitas.
acreditar no greenpeace e dar credito a essa ong , é simplesmente uma piada .
o m.p. poderia é fazer com que essa ong e muitas outras fossem extintas , e a nossa credibilidade aonde fica ??? nossa carne , nossos graos , é uma bestialidade !!!
Balela. Como sempre vai apertar para frigorificos la do parana, ou de santa catarina, que nao tem nada haver com essa palhacada e vai continuar emprestar para o jbnds , bertin e marfrig, que ele ja e socio dos tres, a diferenca que vai emprestar para as unidades que estao em outros estados, e nao la no norte, e da mesma forma o dinheiro vai subir para eles. E nos os pequenos nao conseguimos sequer comprar uma maquina para nossas industrias usando o tal do cartao BNDS, se alguem ja consegiu compra com ele me conta, pois nos aqui temos um tem 2 anos e nunca deu certo, mais uma do nosso lulinha, “nao sei de nada , nao vi nada ”
fraternal abraco!!!!
Caro Aécio, por enquanto o que se vê são muitos balões-de-ensaio.
Até você, que me parece deve ter atividade profissional ligada em parte ao cartório SISBOV, há de convir que exigir sua aplicação compulsória em todas as propriedades do Pará soa meio delirante.
Aliás, o SISBOV foi derrubado na Câmara Federal nesta semana. Veja todos os detalhes em
http://beefpoint.com.br/camara-dos-deputados-aprova-reformulacao-de-normas-de-rastreabilidade_noticia_54792_15_155_.aspx
Portanto, não existe mais SISBOV a partir do momento em que o Senado sancionar a lei aprovada na Câmara Federal.
Toda esta discussão no Pará, creio eu, será muito positiva para que os representantes eleitos de nossa população finalmente se conscientizem de que o emaranhado ordenamento ambiental brasileiro está muito mal costurado, e sua aplicação literal, como quer o Ministério Público, vai engessar o nosso país.
O MP está errado? A rigor não, em que pese nas atitudes daqueles jovens promotores um mal-disfarçado viés esquerdista, totalmente anacrônico.
Caro Humberto,
Agradeço o seu comentário e gostaria de tirar uma dúvida com o senhor. Na sua mensagem o senhor afirma que o SISBOV acabou, porém essa afirmação me parece um pouco precoce, pois em reportagem do dia de hoje, publicada no beefpoint, com o titulo “Kroetz fala sobre novo programa para controle do trânsito de animais”. O SISBOV é citado como sendo valido e incluído nos processos de ampliação e controle da GTA eletrônica, sendo assim não me parece que o mesmo tenha terminado.
Quanto ao senhor citar que eu faço parte do “cartório” SISBOV, gostaria que o senhor me esclareça, o porque desse tom pejorativo para com um programa oficial do ministério da agricultura que hoje é responsável pela manutenção da exportação do Brasil para países membros da União Europeia.
Grato pela atenção.