O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, criticou na quinta-feira passada (18/06), a ação do Ministério Público contra frigoríficos envolvidos com o desmatamento na Amazônia. "Lamentavelmente, o Ministério Público iniciou uma ação que não tem fundamento" disse.
Nas últimas semanas o setor tem se mostrado muito preocupado com as ações que o Ministério Público Federal do Pará iniciou contra frigoríficos e redes de varejo envolvidos na venda de carne produzida em áreas desmatadas ilegalmente.
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Luciano Coutinho, criticou na quinta-feira passada (18/06), a ação do Ministério Público contra frigoríficos envolvidos com o desmatamento na Amazônia. “Lamentavelmente, o Ministério Público iniciou uma ação que não tem fundamento” disse.
Ao comentar a ação do Ministério Público, Coutinho afirmou que poderá acionar penalidades previstas nos contratos caso fique provado que os compromissos ambientais assumidos pelos frigoríficos foram desrespeitados. A revisão da participação acionária está prevista nos contratos.
“O banco não tem condições de fiscalizar centenas de contratos “in loco”, mas conta com a sociedade” afirmou o presidente do BNDES.
O presidente do BNDES insistiu que o banco não é tolerante com “delinquência” em matéria ambiental, embora a instituição não tenha tomado nenhuma providência diante dos indícios de descumprimento da legislação. “Estamos buscando soluções eficazes com o setor privado, de maneira não apenas a corrigir, mas a prevenir”, afirmou Coutinho.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reforçou que pediu ao BNDES a realização de um estudo sobre situação dos frigoríficos do país e sobre uma possível ajuda do governo ao setor. “Desde que quebrou o frigorífico Independência, que eu pedi ao BNDES para fazer um estudo sobre toda a situação dos frigoríficos no Brasil inteiro, porque, quando quebra um grande, devem quebrar centenas de pequenos”, afirmou o presidente.
Lula disse que o BNDES estuda a possibilidade de ajuda aos frigoríficos. “O BNDES está estudando qual a possibilidade que a gente tem de ajudar os frigoríficos a voltar a funcionar e também a colocar os frigoríficos na legalidade”, disse.
“Tinha muitos frigoríficos na ilegalidade, não pagavam impostos, muitas vezes exploravam muitos criadores de gado. Na hora de vender o produto, os frigoríficos pagavam muito pouco para eles, não tiravam nota fiscal. Então, já que houve a crise na área de frigoríficos, nós temos que aproveitar [para] sanear isso e fazer com que as coisas funcionem com melhor qualidade”, afirmou.
As informações são da Folha de S. Paulo e Agência Safras, resumidas e adaptadas pela Equipe BeefPoint.
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Colocar em dúvida as ações do Ministério público é no minimo antiético por parte do Sr. Presidente do BNDES. Pode não concordar com as ações do MPF, mas nunca rebaixar, pois estas decisões são tomadas com base em leis. E se essas decisões foram tomadas é porque havia ilegalidade nestas áreas. Eu sou produtor rural e sou eficiente. Não me solidarizo com estes senhores que ocuparam áreas ilegalmente e desmataram, náo respeitando a reserva legal estabelecida. Divulguem os nomes dos envolvidos no desmatamento ilegal no Pará e veremos que por trás estão grandes empresários e barões do agronécio.